A Garganta da Serpente

Alberto Velasquez

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Tagus

Assim que ele abraçou o Tejo, renasceram as estrelas no horizonte,
no regaço da criação que invejo, enquanto as lágrimas caem da ponte.

E que ele toca, porque Tejo agora é. E se o é, é gota caída
também, porque não lhe prestou atenção,
àquela memória ilustre mas perdida,
e cujo invólucro é canção.

Somos um. Um Rio.
E no final uma coisa sabemos:
Que seremos mar,
apesar do estar ser para alguns contradição..

Porque abraçaste o Tejo. Porque me deixaste entrar
e subestimaste a entrega
na negligência de tua condição..

E da tua condição sou fóssil quando fores terra,
e enfim homem quando fores Deus.


(Alberto Velasquez)


voltar última atualização: 05/10/2004
6930 visitas desde 01/07/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente