Tagus
Assim que ele abraçou o Tejo, renasceram as estrelas no horizonte,
no regaço da criação que invejo, enquanto as lágrimas
caem da ponte.
E que ele toca, porque Tejo agora é. E se o é, é gota
caída
também, porque não lhe prestou atenção,
àquela memória ilustre mas perdida,
e cujo invólucro é canção.
Somos um. Um Rio.
E no final uma coisa sabemos:
Que seremos mar,
apesar do estar ser para alguns contradição..
Porque abraçaste o Tejo. Porque me deixaste entrar
e subestimaste a entrega
na negligência de tua condição..
E da tua condição sou fóssil quando fores terra,
e enfim homem quando fores Deus.
(Alberto Velasquez)
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