Dualidade Curitiba
Bendita, és boca maldita
Cospe-me seu ódio frio em minha cara
Retratando a sua farsa, toda a sua maquiagem
Revela-me pela metade em sua beleza fétida
Beija-me a face, um beijo frio de geada
Invadindo-me as madrugadas
Tirando-me o sono visualizando todo o abandono dos meninos da XV
Tristes histórias em meio às glórias do meu Paraná
Rasga toda essa alegria farta e fútil do Batel
Das mocinhas e dos moços inertes a real loucura da cidade
Mocidade tola vivendo heresias travestidas em verdades
Sorrisos falsos em seus lindos e poderosos carros
Andando trôpego pelos largos da minha ordem
Entre os boêmios, entre os maloqueiros, sou mais um a lhe saudar
A lhe entregar a vida entre os meus tortos passos
Fecundando a morte, explicita e magnífica desse gélido lugar,
lindo luar.
Amo-te minha cidade
Verdade viva da minha vivência
A experiência natural de ser
Viver entre pinheiros e prédios
(Airton Polak Junior)
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