A Garganta da Serpente

Airton Polak Junior

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A reviravolta da rosa (molhado amor - brasa quente)

A rosa que outrora estava murcha
Pálida, apática e seca
Bebeu da água fresca e revigorante
Proveniente da minha mais pura fonte

E hoje respira viva todo o meu molhado amor

A rosa que outrora andava triste
Desorientada, deslumbrada no mundo vão
Encontra-se aos poucos através da bússola da vida
Agora possui no ser o norte e o sul, o leste e o oeste

E hoje caminha segura em meio à correta direção

A rosa que queria a morte
O fim antecipado, agonizante, caótico
Hoje resplandece em beleza
Resplandece em vida
Ressurge com a sua imensa força

Segue firme nesse imenso trilho

E nesse meu vasto jardim
Propriedade interna do eu
Casa própria de mim
Não há criatura mais bela

Ela é singular em sua forma
É doce em seu esplendor
Possui a alma de uma forte mulher
Na aparência "sweet" da flor

Traz consigo o amor o perfume e o espinho
E a vontade de reviver novamente
O passado esquecido e aprendido
E um bonito futuro pela frente

Hoje é o dia da reviravolta da rosa!

Hoje é dia de alegria

Ontem a noite estava completamente escura
Mas mesmo assim ela estava presente
Enxerguei toda a beleza da rosa
Com o forte brilho que iluminava o meu jardim
Assustavam-se crisântemos, orquídeas e os jasmins...

Eu percebi então toda a mutação eminente
O brilho que me fazia enxergar
Era o forte brilho de uma estrela cadente
Reluzente como o ouro
Trouxe em mim todo um calor incandescente

As pétalas da reviravolta da rosa fizeram em mim uma baita baderna...
Saí correndo do esconderijo ...

Fugi da minha pseudocaverna

Hoje sou seu pseudofruto


(Airton Polak Junior)


voltar última atualização: 13/02/2007
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