ÚLTIMO EXÍLIO
Acabo de construir
Mais um castelo de areia
E agora tenho que transformá-lo
No meu último exílio.
Terei que vagar nas sombras
Aos uivos bígamos da deusa fera
E mergulhar no podre lamaçal
Do seu negro calabouço.
Agora exilado à ela
Eternamente habitarei
Seu ofídico abrigo.
Beijarei seu crepúsculo
Sem lembrar-me do enterro
De minha última aurora.
(06/11/2006)
(Agmael Lima)
|