Poesia na tarde
(A minha Ceres, quando completamos 58 anos de namoro)
Eu quis buscar, nas rimas do universo
as formas puras do que é bom e belo.
Harmonioso, cândido e singelo,
p´ra te ofertar, no escrínio do meu verso.
Eu quis o amor, a fé e a alegria
compor, quais jóias, em um diadema,
num passe lesto de pura magia,
para ofertar-te neste meu poema.
E mais eu quis sem recordar que à Musa
quão mais se pede tão menos empresta....
E vi meus versos em lenta agonia.
Porém, da tarde, à luz suave, difusa
a natureza, engalanada, em festa,
lembra o teu nome... e faz-se, então poesia.
(Aecio Kauffmann)
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