verso e prosa
Exclamo ao mundo um novo verbo amar; teamar.
Esqueço o passado imperfeito sem ter-te ao lado.
Aceito a realidade composta por justa imposição da paixão:
você-e-eu.
Mostro a todos os pronomes que conheço: eu, tu e nós (só
nós dois).
Faço-te de meu objetivo direto e indireto na oração de
minha vida.
Aprendo, decoro, traduzo para todos os idiomas que eu possa (nesses o do amor)
o verbete de meu dicionário: teu nome.
Descrevo teu viço;
Disserto sobre a importância de tua presença em minha vida.
Narro os passos desta paixão sem fim.
E numa singular pluralidade de nossos das nossas trocas de carícias,
Termino a última pagina de nosso romance com reticências.
(Adriano Coutinho)
|