A Garganta da Serpente

Adriano Menezes

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ESTAÇÃO

guardadas na moldura
as pedras aguardam
o tremor, dormentes, as
que sobram pirambeiram

algo negro respinga
entre o ferro e o seu
primitivo natural

por baixo a terra é triste
e de um medo acostumado

a cicatriz sempre renovada
abraça distâncias
tolerando a prótese
para a força prevista, arrasadora

parece o próprio tempo é seu suporte

salvo a plataforma
ainda em espera
o sino sendo ainda
só o silêncio e forma
entre pessoas
tudo é ferro e perda
pedra e pouco

mesmo à iminência
de minha máquina


(Adriano Menezes)


voltar última atualização: 05/01/2010
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