ESTAÇÃO
guardadas na moldura
as pedras aguardam
o tremor, dormentes, as
que sobram pirambeiram
algo negro respinga
entre o ferro e o seu
primitivo natural
por baixo a terra é triste
e de um medo acostumado
a cicatriz sempre renovada
abraça distâncias
tolerando a prótese
para a força prevista, arrasadora
parece o próprio tempo é seu suporte
salvo a plataforma
ainda em espera
o sino sendo ainda
só o silêncio e forma
entre pessoas
tudo é ferro e perda
pedra e pouco
mesmo à iminência
de minha máquina
(Adriano Menezes)
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