A Garganta da Serpente

Adelmario Sampaio

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COLORIDO DE ROSA

Que é que sonha acordada
Que tão divino sonhaste?
Que há com o sonho divino?
Equilibrado na haste?

Que há nos olhos molhados
Como se um dia chorasse?
Deduza do pesadelo
O sonho que abraçaste

Que há concreto no medo
Se rirdes do que contaste?
Se os dedos fazem a rosa
No fundo desse contraste?

Ou dize se deus inexiste
Encurtando a eternidade?
Se o mundo agora é rosa
Toda palavra é verdade

Seca no Sol o teu pranto
Derruba o varal da saudade
Pinta de rosa meu manto
Colore de luz a verdade

E nega o presságio do medo
O dia passado não arde
Pisa no alto o caminho
Ria um riso de alarde


(Adelmario Sampaio)


voltar última atualização: 14/09/2004
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