Perto do fim
Como se algo devorasse-me as entranhas
E logo em seguida regurgitasse dentro de mim
Como poderiam meus neurônios articular coisas assim?
Mostrando de forma trágica meu destino
É impossível controlar os sentimentos
Que um dia mataram, ainda matam e continuarão a matar
E sentir seu jovem corpo enferrujado a se despedaçar
E esses olhos rasos d´água que não me deixam esquecer o
sofrimento
No que me faria melhor chorar
Se melhor mesmo fosse calar
Esperar e morrer?
E se eu desejasse gritar
Ou até mesmo voar
Para terra de nunca e novamente nascer?
(A.C. Santiago)
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