Prazer, Sofrer, Liberdade.
E agora eu me dava o prazer de sofrer
Com a minha liberdade
Arrastando esta carcaça bêbada pela cidade
Fétida que nunca me deixou viver.
Monstro eu, não apenas devoro os demais,
Devoro até mesmo minha alma
E nem mesmo este saboroso prazer me acalma
Porque o gosto que possuira não existe mais.
Estávamos doentes, quase sem vida
Fingíamos não ver as feridas,
Sabendo que não podíamos enganar a nós mesmos.
Morte! Eu como sempre, inseguro,
Fechei os olhos e tudo estava tão escuro.
Não sei porquê, mas acho que morremos.
(A.C. Santiago)
|