A Garganta da Serpente

Abilio Terra Junior

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Nenhum rochedo permanece ileso

nenhum rochedo permanece ileso
ao encontro com as ondas do mar
se imagina uma ilha em si mesmo
ao ardor dos raios do sol

troco sempre de passo na tarde
ainda trôpego levanto-me de manhã
entre ocasos fortuitos não me inspiro
leio versos nascidos em outras terras

vozes que se expressam em outras línguas
em diferentes tensões vibram
como um jorro que ondeia
em vagas que cismam e perfilam

entre tantas terras que se espalham
permaneço entre elas
e me centro sinto-me
então nasço aos poucos

palavras são muitas
e os sentidos se levantam
nos seus brios de meninos
se estreitam em seus braços

as músicas que me embalam
em tons vagos
são aquelas que minha alma
tanto adora

meus tons e semitons surgem
faceiros como sempre
levam-me aos terreiros
dos altiplanos no tórrido
planalto que surgiu do nada

(15/03/2010)


(Abilio Terra Junior)


voltar última atualização: 21/03/2011
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