A Garganta da Serpente
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SEDUÇÃO

Faço que te toco, e nem roço
Faço que te beijo, mas te olho
Faço que me enrosco, porém te solto
Faço que te quero e não ligo
Faço que te espero e e já me esqueço
Faço que és tudo e nada digo
Faço que me encosto, e logo desvio
Sou teu cio

A pequena distância entre nós
Contém almas tão sedentas
de desejo e desespero
no arfar quente de cada respiração
Na batida forte de um só coração

Mãos que tremem ansiando
pelo toque que não vem
O tempo que não contém
Tanta paixão

Te provoco a todo instante
E sei que és meu
No delírio que te persegue os sentidos
E enquanto me desejas, transitas a minha volta

É assim que gosto de ti
Completamente a mercê de teus sonhos
Mero escravo submisso de mim

É assim que me preparo pra ti
Sabendo que quando fores completamente meu
Já desejarei outra boca
Muito mais distante do que a sua...

Sou borboleta nua
A procurar tantas cores
E me esqueço que cada alma é santa e única
Apesar de tantos sabores

(06/03/08)


(Adriana Alves)


voltar última atualização: 05/01/2010
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