Foi em Alexandria que o maior centro de conhecimento humano foi construído,
sua biblioteca, com mais de 400 mil volumes era um pólo irradiador e
incentivador em serviço à ciência, à arte e à
filosofia. Porém destruída em, mas continuou sendo uma cidade
quase mítica ou até mesmo mística ao saber. Muitos estudiosos
visitaram ou passaram a morar na cidade egípcia, como. Entre eles, Moisés
Bem Maimon, conhecido pela posteridade como Maimônides (1138-1204),
o mais influente filosofo judeu medieval, apelidado até como o "Aristóteles
do judaísmo". Além de um religioso e codificador rabínico,
foi médico da corte do vizir do Egito, conquistado por Saladino. Sua
obra foi utilizada pelos grandes pensadores da época, como Tomás
de Aquino, Alberto, o Grande, Roger Bacon, Ignácio de Loyola, Alexandre
de Halle ente outros.
Uma de suas obras mais comentadas e mais importantes é lançada
recentemente pela Hedra, O Livro dos Mandamentos. 248 preceitos positivos
(320pp, R$ 29,00), traduzido e organizado pelo egípcio Giuseppe Nahaïssi,
coincidentemente nascido em Alexandria e que traduzia o Guia dos Perplexos de
Maimônides, mas morreu sem finalizar o trabalho.
Para imaginar o tamanho da importância deste pensador, veja a seguinte
resposta de um estudioso israelita respondeu ao ser indagado de quem seria Maimônides.
"Se alguém não soubesse que Maimônides era o nome
de um homem, poderia pensar que é o nome de uma Universidade".
Nesse livro, que demorou dez anos para ser concluído, Mishnê
Torá em hebraico, Maimônides fez uma simplificação
de todas as leis judaicas, permitindo que qualquer pessoa não precisasse
gastar muito tempo e que não precisasse ser um estudioso para consultar
a halachá.
Escrito originalmente em hebraico simples e fácil, inteiramente sistemático,
o que Nahaïssi fez com mesura em sua tradução impecável
nessa obra que Maimônides ofereceu aos religiosos, aos estudiosos e a
todos que compunham a sociedade hebraica. O filosofo construiu essa obra, com
passagens mais relevantes e sua opinião, para reviver a compreensão
da lei oral judaica, prejudicada pela freqüente dispersão judaica
e pela assimilação de alguns judeus. O livro está dividido
em três partes, onde o autor discute e comenta os equívocos visíveis
da Torá, a relação filosófica, principalmente a
abordagem aristotélica e os preceitos da Torá e os fundamentos
religiosos judaicos.
A obra organizada pelo falecido editor, tradutor e empresário Giuseppe
(1940-2001) contém ainda uma introdução com notas biográficas,
descrição da obra e dos trabalhos de Rambam, outro nome que o
filosofo judeu era conhecido. Uma bibliografia extensa, de um trabalho bem feito
e caprichado, tanto do organizador de O Livro dos Mandamentos. 248 preceitos
positivos, como também da editora Hedra, sempre trazendo e reeditando,
em formato pocket book, obras relevantes e influentes nos vários campos
conhecidos.
O Livro dos Mandamentos. 248 preceitos positivos
Autor: Maimônides
Tradução: Giuseppe Nahaïssi
Editora Hedra
20 páginas
Quer outra dica de livro? |