SUBÚRBIOSPelas beiradas da cidade esgueiram-se os corpos famintos. A poeira dos dias entorpece. A pobreza... A diferenca social...que faz com que os pobres se tornem bandidos.A frieza dos suburbias,a falta de paz... Vejo pixado no muro a fantasia Assinatura da alma vadia Por que não pedes,não clamas pela sua cidadania? mas vejam só: quantas pessoas moram no subúrbio porque esteriotipar esse como outro qualquerlugar vive-se assim com mais dificuldades culpa das grandes autoridades mas pra falar a verdade...vivo com orgulho e com muita dignidade! digna de poesia cheia de aliterações nasais que compõem uma estrutura de profundidade de ser...se existir... oh! subúrbio onde nascem pessoas ..cidadãos ...nào a pobreza...a discriminaçào... ouso em dizer que és paraíso sim...há fome há bandidos.... mas ainda há mais que isso... a mente preconceituosa dos que escrevem, lêem e t6em poder empobrce dia a dia nossa sociedade hipócrita e provinciana de sabedoria e espirituosidade tamanha é a bebeza dos subúrbios para os que tem a alma grandiosa... ao invé de muros pixados e corpos famintos, pobreza, sujeira, inatratividade... ao invés de olharmos com os olhos da sociedade... olhemos com nossos próprios olhos da alma...que sào maiores e críticos. oh subúrbios....tanta infinita beleza onde nascem a cada dia nosso futuro... onde Deus ainda olha nào critica nào exclui ... caidos sobre a exaltação dos mortais... os homens !!! Os corpos elevados em pensamentos Todo o julgamento da humanidade.... A veia sagrada das elevações morbidas dos anjos... Que cobrem nossas almas com suas asas sagradas... aladas... amadas... amargas... Subúrbio imortal do nosso dia... Inventa uma poesia que possa tocar os corações dos lúdicos... dos seres.... Cria e recria poderes Elevações capazes de tocar o pensamento Pois neste momento a lama é a cama dos mortais............ E durmo... Nor frio, sem carinho, sem afago Minhas dores se vão com o cansaço, e procuro entendimento: Porque os olhares indiferentes? Há algo de errado? Mas em mim não reside a resposta, e como eu ela dorme entre'mentes ...dorme... Dai acordo; apedrejado por meus fantasmas. Todos riem. Todos caçoam da figura incapaz que fica acoada em seu canto suprimendo o pranto pela solidão que a acompanha... Oh! Suburbio.... onda jaz a MORTE e renasçe a VIDA... Onde o futuro é duvidoso e belo... Onde os contrastes são necessários.... Onde começa o inferno e termina o céu... (CAROLZINHACGP) E resolvo voltar, mas porque??? porque nesse lugar??? a maldita dúvida, lá vi José, vi José chorar, vi José sofrer, viu João o trair, viu o cano... blammmmmmm, porque não sou mais José??????? Agora sua alma será minha, para que eu possa deleitar-me com sua excência, Embora embriage-me com sua vida eu anda sinto falta daquele lugar , Onde tudo posso pois sou o senhor da escuridão, E em meus dominios terei mas almas do que estrelas existem no ceú... Tudo esta differente, Talvez as luzes nao estao reluzentes, isso nao quer dizer que elas nao sao para a gente Luzes fazem brilhar, As vezes nao nos deixam pecar “ ate despedacar” Noite sem luz nao me seduz, me sinto perto da cruz agora entendo porque tanto sofreu Jesus , “porque vivia na luz” Sei tambem o que a luz conduz Noite fria , onde estara a lua nesta hora? Sera que ela se esconde de mim? Nao consigo a ver reluzir Isso me maltrata, me rasga, fico entao amarga Fim de conversa, fim de ano, fim do desengano, so vejo pranto me acalanto. Dezembro “21” dia que me faz refletir, sera a data? Me sinto cansado. Realidade…. A realidade as vezes chega tarde demais, As vezes nao da para explicar, preciso ser mais real, ter mais realismo, humanismo, patriotismo. Fico pensando na minha vida, parece que tem um poco que estou caindo, nao posso cair, po isso chego na realidade antes que isso aconteca deste lado do oceano, eram subúrbios de flor do trevo e de oliveiras e noites descansadas de manhã, uns iam para o trabalho outros bebiam as reformas na esplanada em casa, as senhoras faziam crochet e às vezes liam Ramalho Ortigão a criançada fazia o que as crianças fazem e também o que não devem fazer (as manhãs traziam o ar do mar, e as tardes o ar da serra) tudo decorria com muito sossego mas também tínhamos alguns dramas: zézinho caíu do eucalipto e levou cinco pontos Sobre vi verá aquele que dos subúrbios manter cálidos o sangue e incessantes os sorrisos para que a natureza morta humana não o ignore não o subestime não o lastime manterei quente o sangue e o sorriso, a alma e a inquietação Sobre vi verei. Suburbios de mim tu Que da realidade te tornaste sonho Habitando em cada noite dentro de mim Como candeia acessa que me ilumina cada madrugada Virá o tempo em que impávida olharei a chama extinta Subúrbio de ti, sim! No híbrido entressonho da madrugada, Habitando os teus recantos, entre a noite e o dia, Como um ladrão rompendo entre sombras e folhagens. Me use...não temos nada com que nos importar. deixe esse falso pudor de lado e imponha-se me mostre você Suburbio do meu pensamento, por que não? Um labirinto inconsciente. Divagações abstratas de minha mente... no subúrbio poeto passo me vêem me observam pessoas comuns que vivem bebem o jovem morreu o cão sumiu eu poeto As almas suburbanas têm gritos constantes em seus ouvidos, E de dentro de seus centros amordaçam seus sonhos, Embriagam-se da crueza áspera de suas línguas que em meio à insanidade de ter, de ter que ter, busca o gosto de dar voz aos gritos suplicantes de ser (Maria) a minha alma anda perdida pelos suburbios da Vida. Talvez aquele sentimento Amor... Talvez a tua presença inconstante... Talvez a incerteza Às vezes sinto que alguns sentimentos são suburbanos Donos de versos dissimulados Sentir que se arrasta por debaixo dos panos Panos? Suburbanos farrapos Escondem os olhos tapam a boca Palavras escondidas Pobres poesias umildes trapos representam o desejo de ser alguém amar alguém perder alguém um subterfúgio vivenciar o futuro de um presente sujo dos que tem tudo mas ainda são fracos Fábula Para Alegrar Agostina No subúrbio da pequena cidade de Circe, há uma estátua que não acorda, estática medida o sono. Os transeuntes ficam diante dela parados, estáticos meditando realidades. E de repente deste estado letárgico o poeta acorda,e, solta para dentro de um livro aos olhos do leitor surpreso do subúrbio da pequena cidade de Circe Infelizmente não vivo no subúrbio da pequena cidade de Circe. Minha cidade não é nada pequena, algumas vezes é apelidada de Sampa, por aqueles que dela sentem-se íntimos, assim como qualquer um que já a tenha visitado. Mas, por ela ser perfeita, ou melhor, por mais perfeita que ela já tenha sido e por mais perfeitos que sejam os resquícios da antiga "perfeição" por ela obtida, aqui não existe a sensação do repouso, da estática. Somente quando vc é atropelado por um motorista passional a 80 km por hora, do nada se vê estirado no asfalto quente e superfaturado e consegue parar o trânsito de pessoas falidas e, em sua maioria, sem alma e desgastadas no meio da avenida paulista. Por isso, tomem um conselho pro restos de suas vidas: você nunca saberá o que é mundo se nunca vier a São Paulo. Você nunca perceberá que existem pessoas que chegam ao cúmulo de transformar a antiga perfeição numa máquina do capitalismo. Não moro na cidade de CIrce, mas tenho dentro de mim um poeta que salta aos olhos para dentro de um livro. Não moro em Sampa, mas tenho a observância de perceber que mora em mim uma cidade onde posso flutuar com as gaivotas e me embebedar de tanto mar. E, com certeza, você vai passar a perceber que a "perfeição" é um motorista passional atropelado. PELOS SUBÚRBIOS DA MINHA ALMA, VEJO CRIATURAS PEDINTES AJOELHADAS SOBRE SONHOS. VEJO OS OLHOS DAS CRIANÇAS COM LÁGRIMAS DE VINHO TINTO E ME SURPREENDO QUANDO ME ENCONTRO REFLETIDO NO MEIO DESTE SUBÚRBIO. Quando olho e vejo esquinas Pobres são, aquelas meninas Moçoilas de moral questionavel Cujo futuro em nada é palpavel Nos retrovisores do por vir Mostram um presente que me faz rir Rio de suas ancas por unhas arranhadas Corre-me uma lagrima por suas mães Rio porque é burra a prostituta Rio porque é puta Ah essas minhas moçinhas Querem fingir-se de mulher Exibem suas entranhas Como um buraco qualquer Somos filhos do plástico, subservientes na matéria morta, Rendidos à inebriação da oferta fácil... A oferta prostituta, e refinadamente construída para olhos cansados... Nestes jardins de pedra, despidos de beleza, frios de ser, onde viçam flores de aço, gradeando árvores de cimento, numa hirteza dolorosa para os olhos, já não descansam, as bicicletas, junto às casas, com portas sempre abertas. Jogados Não por acaso Rastejando pelo subsolo Ainda a vontade sobre-humana De ser coisa Não tão a mercê dos fatos. Ser eternamente o ónus Seu Olho periférico Mais o osso se acentua E já a extremidade Irrompe na pele... Que não na carne Pois essa É subornável. Roçam olhos e esquinas, Mas à superfície Os corpos se calam, Na irisação supérflua Tenho ferros nos braços, estiletes à superfície da pele, roxas veias como varizes, a lembrar-me receitas antigas, de restritos subúrbios Insectos proboscídeos, sugam a pústula do vidro... No peito das portas, caminhantes vermes se deleitam... Âmpolas de sangue na carne putrefacta... Senáculo da pobreza. subúrbio de mim a razão dispersa e não una suburbano o coração de janelas fechadas há um subúrbio no limite da alma que é uma noite sem estrelas ou nuvens em silêncio vazio de insectos e fadas onde as flores são cinzentas e os cães te temem como a um fantasma (e o medo já não é da criança em ti) desço ao poço que há nas minhas entranhas eu que sou quase puro e lá bem no fundo há um demónio que dorme a esse temo mais do que a tudo Pelas beiradas da cidade titubeiam silhuetas alcoólicas em malabarismos semi-vivos Pelas beiradas da cidade Uma ciranda de bagunçados e um grito de excluídos Entre o pé e a cãimbra da cidade Entre as sombras do metrô e a fumaça dos ônibus Formas vivas surealistas ou quem sabe formigas as formigas do inferno comem dos sobejos da cidade; a urbe teme-as, ignorando serem suas filhas. os filhos da grande cidade comem lixo disputado aos cães. os nossos avós do Eufrates tinham rebanhos em seus subúrbios: que herança será a nossa? ó Deus, perdoa a nossa loucura! No suburbio eu morava Lá eu viví. Não e como voçês falam,não é ruim estar alí. Lá á crianças brincando,á bola que rola. Qualquer dia desses eu espero estar de volta. Moro no melhor súburbio aqui tudo é perfeito ninguém rala peito Nem tem esgoto aberto nem anarfabetos Não tem prostituição criança de pé no chão é tudo bem bão A gente vê tv na vizinha busca leite na escolinha Quem falou que felicidade não vinha Hoje tem até um postinho que vende consulta baratinho Aqui só morre um por semana é bem pior lá em bagdá que morre véio e criança E a fome do norte lá ninguém consegue crêce Aqui não, tem feijão e as veis carne pra comer Aqui só farta trabalho mas ninguém se aperta não cata lata, cata papelão com quarqué cidadão e de respeito Por isso eu digo que o súburbio é perfeito Não vê quem num qué quem é anormal pergunta pra Julian Sobral e se tudo à nossa volta mais não fora que horizontes de verde e ouro e nuvens de prata? ide para longe fantasmas de mim que à noite assombrais as fontes de água pura! aí bebi, quando era jovem e o sol corria o céu sem uma nuvem, o saber todo em que não acreditei mas a esperança comigo mora ainda pois eu sei que o caminho não é a água que se bebe mas o corpo que a sofre. Nunca deixo de Acreditar em Deus, pois sei que nele podemos confiar... a nossa fé nunca pode se acabar!!! Que fique em paz com Deus aquele que tem sede de ilusão Que se confunde com miragens em troca de sustentação Que coita com seus arautos e compra seus fundos de pensão Que fique em paz com Deus quem mata fome a luz de velas Que faz sua cara santificada do revés de outro em mazela Que vê uma ecônomia em suicídio e receita seus fluídos positivos Que fique em paz com Deus todos seus arautos acionistas à orda de rês carcomidas e frias Os pastores, bispos inquisitores toda corja que saluta miséria Porque para Deus e seu mundo os últimos serão os primeiros Rogo ao Divino que ele salve o português que Denos Vesne insiste em trucidar Nasce à flor no subúrbio na vala da linha do trem coroada pelos mosquitos como cadáver de alguém Cala à ave no subúrbio selada por linha de pipa Pousando com barulho tal canta à taça partida Vaga à nuvem tez anêmica enxofrada pela nitroquimica Vagam olhos, mãos e sono na madrugada dos coletivos Gritam os olhos dos automóveis nas paredes pichadas Enquanto rabos de cães carecas varrem as portas do comercio falido Uma centopéia férrea rincha deformando a face da lua planada num fino riacho químico Na caminhada suburbana a caspa negra alcalina da noite cai-me sobre os ombros Pé da cidade o subúrbio mal lavado cheio de barro todo encravado pé chato pé cansado pé quebrado Cidade feitora medonha Quem te carrega é quem te tomba Pego o comboio do capeta rumo ao subúrbio Vou ver minha pombagira Vou rever meus exus mirins Puxar um cigarrinho do demônio interar-me ao inferno da minha vida Moro no Subúrbio De paus e plásticos de arames e entulhos fiz meu embrulho Durmo erregalado em meio ao barulho Da locomotiva que vem em minha direção. Vem pra partir meu coração Vem destruir minha ilusão Que hei de fazer? Quê farei eu? Minha casa é aqui, bem na linha do trê. Não tenho pra onde ir Eu Não tenho ninguém. Se ao menos tivesse o que plantar pra comer Ou se algum dia dissessem como sub-viver talvez então me mudasse para a grande cidade e montasse um barraco no Subúrbio do Gato. Levaria todos os dias minha doce Maria pra assistir à TV em frente à loja de discos, Cataria moedas pra comprar-lhe um bonito vestido de tecido barato... só pra ver-lhe sorrir. E esquecer um minuto que vivemos assim... Às minguas então dormiria construindo o jazido onde um dia... enfim Terei meu pedaço de chão pra dividir apenas com os vermes, famintos, sedentos de mim. E no entardecer do terceiro ano Quando de eu restarem somente osso cabelo e pano receberei um ultimo carinho Um banho com escova, água e sabão num carinho de mão E um novo lar no muro do Cemitério Meu buraco, e talvez eterno se alguém por caridade Lembrar de pagar à anuidade Eu percorria a cidade com os bêbados... Conhecia os becos, Sabia os nomes das ruas de cór... Eu sabia dos rostos, dos nomes, histórias... E em tudo habitava uma perene sensação de permanência (quase-eternidade). Eu era dona da rua, eu era dona do mundo, eu era dona de mim. Beijava as crianças, amava nas praças, cantava na chuva, e parecia feliz... Um bairro sem pompas, sem nome, às vezes - confundiamos limites...! Certas ruas lembravam cenário de interior: possível a conversa de compadre. Lembravámos que era a cidade apenas pelos bêbados de (tantos) botequins... Pedro-Pedreiro e João Ninguém. Zé Qualquer... Lá, tudo era pequeno. Tudo. Menos os corações. Menos as vidas. E as noites... intermináveis! De poesia despretensiosa. Lu Amâncio Pálidas pinturas dos muros, das casas... azuis, verdes, amarelos e uma cor que quase não se define. Adiante, há uma linha de trem... Certa vez, um moleque foi "pego"pelo trem ali... Nunca me esqueci! Embora nem saiba como deu-se a história. Uma placa colorida acima da janela, ali, daquela casa azul, anuncia que se costura. Ao lado, um bar vagabundo, que vende refeições ao meio-dia e cachaça o dia inteiro... E sempre há alguém por lá... Vem rápido e mudo o trem pelo subúrbio Mesmo sem dentes ele vem e escova rente à bocarra da minha janela Também assusta as formigas no chão de terra batida que se estapeiam pelas panelas O trem nunca da trégua faz dançar toda essa casa velha afrouxa os pregos das tábuas derrama toda minha água quase me joga fora da casa Talvez tenha percebido que já cegou meus ouvidos e se não me chacoalhar não se passou ou se vai passar Alargavamos os passos pelas pedras corroidas quando era noite, O gotejar lento da suja água caindo pelo cano roto e ferrugento das casas Marcava o compasso com que os corações se ansiavam. Não largava a tua mão com medo do futuro Apertava-te os dedos retendo o odor fétido e húmido das velhas caves, Nada importava no subúrbio que não fosses tu. E apesar da escuridão, do medo, do fedor, da putrefação de tantas almas Nada me violentava mais que a idéia de te largar a mão. O subúrbio ficou. Tu partiste no trem rápido e mudo Sem bilhete de volta. Foi quando percebi , tudo havia se perdido e eu não podia fazer nada , a não ser chorar meu sangue até esgota-lo por enteiro. Um lugar. Distante. Simples. Lugar que não se percebe... Dá-se à visão, mas quase nunca a perceber. Nem centro. Nem litoral. Sombras. Calçadas. Uma conversa sob a brisa... Por vezes, um moleque que brinca. Corre adoidado. Um moleque... Lugar de brisas. Imagem viva de quintais. Árvores insistem. E praças. flores e cantigas(de igreja). Lugar interior. Margem da percepção. Inconsciente. Subúrbio de mim... Que se faça maior cada dia! Que se reparta nas manhãs de mim, como o pão! Que se estenda com ares de eternidade, nos instantes (todos) de minha vida - sempre, assim, nova! ("Clio" - pedindo licença para inventar novo subúrbio) Vivo nos subúrbiois da vida, pois nunca atingi o auge da existência. Que ninguém tenha dúvidafalta-me a apciência. Mas paciência falta a todos, eu sei Sei também que minha petulância pode ser a única marca de existência.. um ser petulante vale por muitos, milhares... por montes de seres rabujentos, miseráveis, esfarrapados, enfileriados como que num abatedouro. O ser egoísta constrói seu próprio subúrbio, exclusivo para sua leva de empregados e reforça muros e dá até nome aos bois.. que por vezes são confundidos com burros, jumentos, éguas, cavalos.. piranhas, galinha.. Então o Ser Egoísta monta agora um Zoológico ao lado de seu subúrbio, para seus homens - seu gado - não avançarem terreno vizinho. E vendo que só Zoológico e subúrbio não valiam, constrói então um Circo, cheio de atrações e comidas de brincadeira. Crianças não pagam e adultos pagam meia. Balas e pipocas de graça. Sopa envenenada ao final do dia. Crianças criadas como animais em um Zoológico, vizinho ao Subúrbio exclusivo. Adultos tratados como animais. No Subúrbio Social chamado "Debaixo de Cada Dia". (Srta. P.E.) Onde está o centro? Alguma vez houve um centro? O centro é o fim do mundo. O vazio, o silêncio. Em volta murmúrio de mar bravo ou de rio. Fio de Ariadne a levar para as goelas do Minotauro. Mero subúrbio do labirinto dos labirintos, boca escancarada, riso convulso; pulsa o sangue debaixo da pele. Pobre de nós, Podre de nós... Com uma chama de esperança De vil esperança, Pelos becos do coração... Pelos becos do próprio mundo real A saída é o trem O metrô é a porta da percepção O ônibus a realidade da vida que insiste em continuar sem fim. A saída é o trem Onde se olha o outro sem querer olhar ninguém Um engasgo A mão na porta Todos juntos somando peso nas costas Um ônibus lotado de vida corta a chuva que faz a massa unida O trem descarrilhou de repente ficou tudo esquisito Não sei se vou de táxi, ou se volto pro ônibus lotado que estacionei na Usina, ou mesmo se mando o meu carro pra oficina. Ando triste pelos lados sem ti somente pasto. Viajo louco pela estrada, não faço nenhuma parada. Pelas curvas vou tecendo, o desejo vai crescendo; vendo-te! vou sofrendo... O coração está gemendo!... Todos os dias fico sem direção. Estou perdido estacionado na paixão, o visgo dos tolos!... Sem o faixa-azul rumo ao sul... Tudo passa menos eu, que passo sem ti. Tudo fica esquisito, isto não é viver. Não é viver!... Esse sentimento suburbano só me faz cometer engano quando perdido me quedo sem condução; sem estação; nos suburbios em que pasto não encontro o teu rastro... Escoria do mundo, uma classe do subser, uma boca que se abre, uma mente que se fecha! Ha pés machucados Mãos calejadas Braços fortes Mas nada de tu bendita procura do ser!!! onde se escondes? em dobras de ruas, em tu mesmo?! Eu ando por suas podres ruas, e isso me consome, me lapida, me limita torna-me aceitavel!! mas por que faz isso comigo?? porque faz isso consigo mesmo?? Onde está seu senso maldito?? Não és vida, não é morte, não é opção não é sentimento, não tens solução!! Então oque és????? te respondo... és surbúbio... onde muitos vivem e se sentem felizes... ou tristes... onde muitos buscam respostas, onde não conseguem achar... és surbúbio, lugar simples calejado pelo sofrimento, porém humilde, muitas vezes honesto... és a viada que o próprio ser humano criou, é o sorriso de uma criança que solta pipa naquele campo empoeirado, a ao seu redor, se encontra tiros por todos os campos, luta pela sobrevivência, luta pela felicidade. Um pequeno inferno, um grande céu... é lá, onde a riqueza se hospeda, onde os ricos ficam cada vez mais ricos, onde os pobres ficam cada vez mais ricos... o surbúbio és um céu aos olhos dos guerreiros... o subúrbio da terra é o céu ou o inferno. longe do teu horizonte tudo são ecos e mais nada. o subúrbio de ti é onde o teu olhar não pousa. onde eu não estou é a minha casa; lá, onde eu não irei em vida, é onde depositei o meu coração, pois só na distância imensa, no tempo interminável, quero achar a minha medida. o meu subúrbio é o mundo, lá, onde os ventos se cruzam sobre um chão antigo, aí é o meu jardim de madressilvas. onde o teu olhar pousou nasceram rosas e o ar é doce ao olfacto. a minha casa é o subúrbio do mundo; de suas varandas partem todos os caminhos, que vão até à rua, aos homens, ao horizonte, a tudo. E eu embriagado pelas formas esguias das notívagas vampiras me deixo sugar o suor, o sangue, as forças, as vontades e a vida. Assim me torno mais uma pichação nos muros suburbanos marginaslizados da cidade. Suburbana imundice, disformes e empoeiradas marcas de amor despudorado na pele de concreto de uma cidade pudica. suburbio, periferia ao redor, onde me encontro. onde meu povo vive, onde ouço a vida. onde ELA se manifesta. periferia de vidas, que teimam em viver, ainda que!... como se viver fosse, teima de, birra mesmo! afrontando o mundo, por espaço negado, e ainda assim cescendo, como planta que desabrocha, na impossível rocha, e ainda florindo! Rl naparada da batida do Rolê aqui é hip hop aqui não é ibope vcs vão ver Cinza... Cinza cimentado... Cinza cimento armado... E o eterno cinzento da poeira... E é na poeira do chão Que a semente germinará entre a terra e o chão cinzento Exalando um perfume cheio de frescor, que acaba com a dor,e faz brotar o amor Lá vamos nós... Ei, lá vêm elas!... Lá vem a primeira rodada... Lá vêm sorrisos, Encontros casuais, Abraços, beijos, flertes... Lá vem mais uma rodada! Lá vêm a madrugada. Lá vem um carro... Lá vem os tiros!! Lá vamos nós. Lá está o morto... Reinvente-se vida Nestes bairros cinzentos. Nestes bairros inválidos. Nestes edifícios Suburbanos. Como o vê-los, me doem! Carcomidos de sémen senil. Sem húmus. Sem úteros. Sem saliva nas mãos, Suadas de frios. De nadas . Sem bancos verdes. Sem terra relvada. Sem plátanos nos passeios. Inédito (DÉDALOS DE AFECTO) Nascera no subúrbio meu amor... Logo eu, que namorava a cidade, Lavei minha alma no rancor Plantei estacas marquei a idade. Jurava que aquilo era felicidade... Subir o morro, pisar no barro E encontrar no alto a serenidade Do amor, no relance do teu agarro. Mas, um dia te traí, sem supor, Era o fim do namoro, da mocidade Joguei pro alto sua lealdade Vim pra cidade ser um sofredor. Nascera no subúrbio meu amor... Logo eu, que namorava a cidade, Lavei minha alma no rancor Plantei estacas marquei a idade. Jurava que aquilo era felicidade... Subir o morro, pisar no barro E encontrar no alto a serenidade Do amor, no relance do teu agarro. Mas, um dia te traí, sem supor, Era o fim do namoro, da mocidade Joguei pro alto sua lealdade Vim pra cidade ser um sofredor. Sofredor suburbano de alma livre mendigo ao luar Na utopia das palavras a companheira perfeita vou buscar E não é ela senão a Poesia Amiga-amante-mestra Luz- guia Salva-me da tentação do silêncio! Neste jogo de imagens escorregadias sombras noturnas enegrecem-me a alma Salva-me Poesia das tentações do não-dizer Alivia-me o meu sofrer! "Lástimas, odor crucial para a definição, prostituição de andróginos que contagiam morte e aniquilam a alma do transiunte. Homens que vendem a alteração da consciência para os que procuram o Éden, neblina de um amargor que converge ao sublime. Homens-ratos eis que surgem como idolos da orgia infinita." Passos após no mesmo ir e vir sob sóis perplexos somos menos que a soma dos coitos afoitos e leitos ingênuos vividos em vão. Ainda vejo nesses subúrbios Um ar provinciano de outrora, Só aumentaram os distúrbios A felicidade aqui não demora... Lá adiante, povoa cheia, uma birosca; Daqui de perto, uma criança descalça, E suja, tenta adejar a pipa que enrosca Num emaranhado que no poste realça. É vista uma única escola: - sem porta, De muros pichados, janelas quebradas, Cheia de goteiras, - e ninguém se importa Porque aqui as crianças são desgraçadas[...]. As ruas daqui são as próprias escolas, Ora, muito cedo, ainda quase infantil, O menino do subúrbio já pega no fuzil Não vai mais à cidade pra pedir esmolas. Sentinelas se comunicam noite e dia, E, se o subúrbio corre algum perigo, Saltam fogos, parece festa, mas é vigia; No subúrbio quem manda não é amigo. Paradoxalmente, à tarde, pombas brancas Aparecem no céu dos subúrbios, o que faz A derradeira esperança das almas francas Rezarem o Ângelus e pedirem pela PAZ. sombras ameaçam... em cada canto no entanto! paira no ar os zumbidos dos monstros em forma de insetos ferrões em riste a procura da carniça... carne e osso ora gente apodrece... a alma incauta sem aura vagueia na triste cacarça que se arrasta pela fresta da porta. a luz opaca apaga e acende ao passar das almas penadas... E nos Suburbios a vida acontece, no amargor de mais uma dose, na leveza psicotrópica das picadas subhumanas analgésicas, histamínicas, cogumelos alados disparam lisérgicos ácidos na mente dos desocupados dos bairros dos suburbios, das cidades e periferias, das feiras de drogas, amar dentro do Suburbio, tal qual em Londres ou Irlanda. No Suburbio de Berlim Ocidental, crescem ao sol, na calçada cogumelos, papoulas, ayaruasca dos deuses do Suburbio. Ela vive no Centro, Eu moro no subúrbio. Ela me revira por dentro; E nem vivemos em conúbio. Subúrbio Em Três Haicais: >>>>>>>>>>>>>>>>> Noitinha de outono- Da varanda vê-se a rua Varando o subúrbio >>>>>>>>>>>>>>>>> Na volta do funk, O brilho da Lua fria Envolve o subúrbio >>>>>>>>>>>>>>>>> Seguindo o subúrbio Aquecido do inverno Lembra da cachaça. >>>>>>>>>>>>>>>>> no suburbio não ha nada de ruim mas n Cidade subúrbio- -Subúrbio cidade. Zanga, murmúrio; Feliz cidade! Senta a bunda! Empurra afunda! Sai muito cedo, Reza, tem medo... Muito cansaço, Calor mormaço... O parco mínimo, Há prioridade: Amparo, arrimo, Fazer caridade... Ida: duas horas; Volta: Que demora! ... ... ... A vida passando... Metade do mês, (a grana acabando) Do juro freguês, (engorda banqueiro!) Janeiro a janeiro... ... ... ... Começam os tiros Madrugada no Rio Policia e bandido Isso é o Rio Correr da morte Voltar pra casa é sorte Madrugada no Rio Janelas abertas Terror noturno Panico diurno Caveirão chegando Panico começando Corre Maria È fria! Tumulto geral Prisão ilegal Todo mundo correu Amanheceu ! Rio cidade perigosa! Antes era Maravilhosa ! ... ... ... Dizem que as cidades mudam... Quero o Rio de Janeiro sempre constante em sua mudança, como uma imóvel linha das corredeiras do rio, da origem ao último subúrbio no continuante charco. Rio sempre renovado para o bem e sempre se movendo em direção às praias, aos morros, aos subúrbios e ao centro. A cidade, apesar de tudo, está contida dentro de uma miríade de outras cidades violentas, mas tudo isso cabe num conta-gotas do universo.... As mudanças vão acontecer... Oxalá, noticias melhores possam vir... ... ... ... O Rio não vai mudar, A tendencia é piorar. Quem o vê como burguesia Onde so´e festa e alegria Acha tudo muito legal Mais quem tem outra raalidade Que enxerga a verdade Sabe o que é afinal. Estamos em uma guerra Todo dia muitas mortes So´não morre quem tem sorte.! Mais deixa pra lá , Logo,logo é Carnaval!! ... ... ... O Rio é como um lugar qualquer, só que é muito, muito, muito bonito... Tem tudo pra ser melhor e acredito, que nem toda cidade tem o que quer... pra servir a quem quer, (homem e mulher)... nos subúrbios, vilas, seja lá de onde vier... ... ... ... Rio!, detesto o rio foi lá que comecei a usar tudo quanto era porcaria!... A vida desaguá nas cretinices Cariocas, tudo é fétido e repugnante como um cadáver em decomposição! Nas areias escaldante rola muita sujeira perniciosa e expurea, gosmenta e nojenta... cada grão de areia representa um bilhão de seres microscópicos a roer o anús e a genitália das mulheres. Num gozar eterno as vagas corrompem as areias manchadas de sangue e oferendas a Iemanja. Rio Terra abençoada? Quá, quá, quá, quá!!! We Are One - Dan Seals Tradução Nós Somos Uma Coisa Só Em um quarto bombardeado em Belfast Um rapaz está chorando Ele está sozinho, e ele não compreende Como os ensinamentos de um livro Baseado no amor e na compreensão Puderam causar a dor e a morte na sua terra Em uma parte antiga de Jerusalém Duas crianças estão brincando Eles correm e riem Do jeito que deve ser Mas um vai usar o símbolo da estrela, e o outro vai usar o símbolo da lua crescente * E eles crescerão e passarão de amigos a inimigos Refrão: Mas nós somos uma coisa só Flores do mesmo jardim Nós somos uma coisa só As folhas da mesma árvore Deixem as paredes caírem E fiquem aqui, juntos Nós somos uma família Em uma vila paquistanesa Um rapaz de muletas Leva um tombo E fica lá, desamparado E ele ergue a sua mão Mas ninguém a pega Eles não irão tocar nele Nem nas roupas que ele usa Em uma rua secundária em Selma ** Uma criança negra está sentada Em uma radiopatrulha Protegida dos brancos Porque eles estão queimando uma cruz Para mandar a ela uma mensagem E você pode ver O medo nos olhos dela Repete Refrão Reflitamos em nossos corações Como todos nós fomos criados Do mesmo pó E, buscando, iremos descobrir Que o espírito da idade *** Veio nos encontrar Nos encontrar Repete Refrão (f i m) Notas: * o símbolo da lua crescente, que para muitos simboliza o islamismo, com o símbolo da Estrela de Davi, representativo do Estado de Israel, simbolizando assim os judeus; ** no estado do Alabama, uma das cidades americanas onde a segregação racial era mais violenta; *** William Hazlitt, publicado em 1825. O livro é uma coleção de retratos comemorativos e críticos de alguns contemporâneos influentes de Hazlitt, alguns seus amigos pessoais, outros que ele admirava. Longe de louvar os feitos alcançados por eles, no entanto, Hazlitt desferiu um ataque selvagem à vaidade e hipocrisia de sua época. ... ... ... Geralmente o autor do gol no Maracanã, Do Goool bonito, Golaço que balança a rede; Morou no subúrbio, numa casa sem parede, À margem da ribeirinha, perto da pernalta jaçanã... ... ... ... ... ... ... Lá no subúrbio eu tive Um fiel companheiro. Lá, ele inda vive Gozando sem dinheiro. Lá no subúrbio vivi Com uma companheira. Deu-me fora a forasteira, E nunca mais eu a vi. Hoje com mais dinheiro Quem será o mais feliz? Ela? Eu? O companheiro? Lá no subúrbio estive Disfarçado de aprendiz Pra ver como se vive... ... ... ... ... ... ... Alta noite, trem não tem - trem de ferro que vai e vem... Nos subúrbios dos hemisférios os trens quase sempre não andam, lá, muito bem... ... ... ... Mas subúrbio não é só em cidade Também tem isso em minha mente E quando está fortalecido Viro um monstro inconsciente Entre as suas ruelas Voa a serpente da tentação.. Com asas negras roça os telhados do desperdício de Deus. Quem és tu? O subúrbio de nossa existência... ( ) Quando eu mudei da Vila Deixei um pouco de mim, Outra parte segue a fila, Que no dia-a-dia terá fim... ( ) ... Seu Tizu Num afastado subúrbio da minha cidade Nascera o nosso querido “bluseiro tiziu”. Um virtuose músico artista - de pouca idade-, Mas já considerado um mestre do blues Brasil. Nos subúrbios do Mississipi e do Alabama Ele aprendera a tocar gaita-de-boca e guitarra. E, lá no Mississipi, ele estava conquistando a fama, Entretanto, sua saudade superava tanta algazarra... De regresso ao seu subúrbio é recebido como rei, Todavia, simples e generoso para com a comunidade, Ele criou e mantém a primeira escola de música que eu sei, Que incentiva jovens e adultos a tocar o blues de verdade. ... ... Até altas horas num bar do subúrbio. Num quê que a bateria do carro pifou E eu fiquei atolado naquele subúrbio Já era noite; eu ia namorar meu amor, Entretanto, um toró parecendo dilúvio Parou-me perto de uma birosca tosca; Eu saí na chuva meio que pamonha E esforcei para não ser pessoa bisonha Ao entrar no boteco cheio de ‘mosca’. Foi aí, que eu ouvi um som dum violão; Dei um boa-noite e paguei uma rodada Para ser bem-avindo e não passar por vilão. Cantava um blues um cara muito forte; Eu não estranhava minha presença notada, Mesmo assim acreditei na minha sorte. [...] ... E tanto acreditei que mudei meu rumo. Saí do norte do amor e sem saber que tomava um novo prumo, Deixei-me levar pelas notas azuis. Ouvi sons fortes e destemido. Mergulhei em sensações tristes, completamente desprevenido... E coloquei-me em jus. Embevecido, percebi que não gavia mais volta. E daí? O que isso importa? Chorei, sorri, mergulhei em mim. Quando procurei no fundo o mortivo de tanta sentimentalidade, Me deparei com um cara que vivia na superficialidade: Da vida, do amor, entendi então o que me levou a assumir tamanha dor. Dó de mim por pena de um meio Eu precisava mesmo de um blues para reconhecer meus anseios. Do asfalto da morada-corpo ao alto do vivo-morto. Renasci, naquela noite. Ali, com aquele blues em açoite. E agora sigo e persigo a identidade que me desvelei de mim como prêmio. Adeus "amor", bem vindo "amores!"... Virei boemio. Boemio que se joga na vida e nos sons * * * Que pena! Enquanto a cidade cresce... /aquele subúrbio que me viu crescer padece..., empobrece... e apodrece... Outrora: noites de festas..., dias risonhos... /agora tudo é medo..., e aqueles olhos tristonhos... Por que aquele canto (bairro que me enchia encanto) agora mudou tanto? O que houve com aquele bairro operário?/pra onde foi aquele povo solidário?... Que pena!... * * * Aquele povo solitário se esgueira de um modo bisonho; Encimesmado; Aterrorizado; Almejando encontrar nos becos e ruelas; Na podridão que os cerca. No lixo que os contempla, O pão que saciará a fome que corrói-lhes a carne. E no subúrbio, a noite os observa com terno olhar de quem vê o tempo passar, e ninguém para os salvar. Admirados com todos aqueles olhares moribundos, estavam os transeuntes , sem, contudo, enxergarem a dor que nutria seus corpos famintos e empoeirados. A solidão, doce companhia, os acalentava na triste madrugada que os inflingia a uma mal dormida noite. rasgando-lhes as vestes; roubando-lhes a esperança de serem acolhidos, Mudamdo-os de Bairro; De subúrbio; Da periferia; Que esmaeciam suas vontades; Esperança de uma nova vida; De destinos outros. Povo este que, empobrecido, desfaleceu e morreu.. * * * Que pena severa! Que pena!... Mas não vale a pena só sentir pena,,, Seria bom, se saísse pra eles (dividirem) a ‘sena’ ‘sena acumulada’ pro subúrbio ... Que cena!... * * * Boa cena seria esta : Dinheiro nas ruas Espalhadados em ruelas, cantos e praças. O povo acessando, gritando em festa. Outros correndo, pra contar a boa nova Seria bom sim!!! Se políticos, ONGS, empresários, ricos, empreendedores, o povo, os nobres, saíssem em bando, ajudando a massa, que vivem nos subúrbios, na periferia, nos morros, contornando a vida, roendo os ossos, submetendo-se a preconceitos, racismos, a indiferença alheia. sem sucumbir ao caos que os rodeia. Isto sim, seria legal!!!!! Se todos unidos, repenssarem, a PAZ, unindo corações, para um mesmo fim. Investindo em EDUCAÇÃO. ESCOLA. REDE HOSPITALAR. PESQUISA SANEAMENTO.etc. Utopia? Não sei. Talvez......! Seria uma pena se tudo que fora acumulado, servisse de sentença, para os que, de perto, revissem a mesma cena..... * * * O subúrbio acorda cedo Para engordar os patrões ‘Untar as canelas de sebo’ E sair batendo os portões. A mãe reza Ave-Maria, E, se ainda tiver dinheiro, Vai correndo à padaria Comprar pão pro dia inteiro. Casca de banana no sapato Para lustrar e parecer novo; Um cachorro com carrapato Coça, coça, no meio do povo… Um alcoólatra bebe pinga No mesmo balcão de café; Ninguém liga ninguém xinga Do odor que vai até ao sopé. Quando chega ao asfalto A garota troca o calçado: Às vezes calça o de salto; Às vezes, o outro alçado. Lá vem o ônibus cheio… Procura-se um encosto; A dúvida está no rosto- Ficar no fundo ou ir pro meio? As meninas dos supermercados Nem sempre gozam os feriados; O subúrbio acorda muito cedo E os salários não pagam o medo. * * * * * * Dos raios do centro os subúrbios divergem. Os raios se convergem de fora pra dentro e, (redundantemente) divergem pra fora... Sabe-se: subúrbio tem centro; embora, soa meio metáfora... * * * Dos subúrbios partem transeuntes sem rosto. Que cruzam a margem do rio lamacento. Que bebem café sem gosto. E se contentam em ver o sol amamnhecendo E seus raios a banhhar-lhes o rosto Guiando-os até o centro. E os contrários que divergem se convergem de fora para dentro. * * * Dos dois lados do subúrbio - mesma paisagem - Uma porta fechada outra aberta – na viagem * * * * * * Viajando por dentro dessa paisagem É possível compreender o seu mundo. Pois, além dos lados existe o topo e o fundo Do subúrbio, que lega sua própria mensagem * * * (Adam David) ~^^~ O subúrbio não é mais tão bom..., Por lá está cada vez mais quente. E chuva de verão não é um dom, Se alagar a rua e a casa da gente. ~^^~ |