A Garganta da Serpente
Ouroboros histórias sem fim

O RASTRO


     A noite úmida encobria uma lua intacta. Havia uma vela ao lado da cama estreita. Deus observava tudo de braços abertos, do alto da parede empoeirada:
(A Garganta da Serpente)
     esperando para levar a alma que triste chorava

     as penas de um amor adormecido

     olhando mais uma das desgraças de um pobre filho: a de ainda estar vivo.

     O filho de Deus lamentava estar vivo por imaginar seu Deus morto. Não imaginava que seu Pai estava vigilante e de braços abertos.

      No entanto, a noite se fora e um fio de luz esmaecida surgiu no horizonte. Lentamente a dor desapareceu e a vida brotou, magnífica, esplendorosa, em raios intensamente rubros e amarelos,

      sua consciência emergia acariciada por verdades que fogem ao alcance das palavras. Talvez tivesse ficado impressionado com a mensagem pichada embaixo de sua janela: "Deus está morto" Nietzche. Num impulso pegou uma lata de tinta spray e pichou embaixo: "Nietzche está morto" Deus.

      Na noite seguinte, adormeceu e sonhou que era um velho e cansado guerreiro inca.

     Soprava um vento frio e cortante na muralha erguida sobre o cume da montanha. O céu parecia-se com um manto de negro veludo pontilhado de uma miríade de diamantes.

     Mas o velho e cansado guerreiro inca, já com a vista cansada e nublada pelos anos que se acumularam em sua trajetória, não via os diamantes no céu negro, que se descortinava. Via somente um crepúsculo negro e vivo, que o chamava para sua última viagem.

     -O que está procurando, Atahualpa? - perguntou a voz na escuridão. Irritado com a interrupção, o velho inca saudou o Guardião da muralha e resmungou algo ininteligível.

      - Eu desejo viver, porém o sol teima em se esconder, guardião!

     Imaginei que poderia encontrá-lo mais adiante, já que ninguém sabe o que existe atrás da muralha. - Pois veio ao lugar errado Atahualpa. Atrás desta muralha encontra-se a Oficina das Almas: é o lugar onde Deus cria incessantemente. Nem pense em entrar. Um pequeno contato com os espíritos recém nascidos poderia contaminá-los de maneira irreversível. Seu espírito milenar influeciaria de maneira nefasta as jovens almas que necessitam do livre-arbítrio para que desenvolvam a personalidade de acordo com as experiências vividas por cada uma.

     O guerreiro retrocedeu dois passos surpreso : - Influenciar de maneira nefasta...? Ora, Deus sabe que minha experiência e sabedoria aos jovens espíritos só faria bem , certamente não é da autoria Dele esta interdição . Afaste-se ! disse já empurrando o Guardião . Preciso cumprir meu Destino e descansar...

     O Guardião, imbuido da autoridade divina, lhe entercede o caminho: - Volte a viver Atahualpa!

     Quando despertou, o amanhecer de Atahualpa não era mais triste e doentio. O brilho do sol atenuou o cinzento da metrópole, os miasmas disssiparam-se e um mundo novo, repleto de beleza e maravilhas revelou-se ao velho Atahualpa. Qualquer que tenha sido sua experiência no reino de Morpheus, um alento novo e intenso insuflou-se em sua alma. Passou a ver Deus em todas as coisas, nos pequenos animais, nas flores, nas pedras...e aí tomou a resolução de viajar em busca de um passado muito distante.

     De repente, um zunido perturbador invadiu as artérias do quarto. Ia crescendo, apertando sua pele áspera, revolvendo os últimos vestígios do álcool. Uma estranha força surgia entre os dedos do corpo imóvel. Num impacto surdo, Augusto finalmente despertou. A mão suja do inseto macilento, esmagado na parede clara. Distinguiu os restos de uma vela e uma garrafa vazia ao lado da cama. Quanto tempo se passara? Onde estaria o Guardião, a muralha?
     Assustado, correu até o banheiro para se lavar. Os restos do marimbondo escorriam pia abaixo. Ainda sentia o gosto de Ana. Ainda ouvia o barulho da porta se fechando (para sempre?
(A Garganta da Serpente intervém)

     Percorreu os labirintos de si mesmo e não encontrou mais Deus. Mordeu uma maçã e uma música acre verteu sobre a mordida uma súbita ausência. O jornal em baixo da porta não permitia dúvidas. Sem deixar rastros, vestiu sua pele com as realidades do dia e saiu.

     Augusto e a realidade. Coisas tão incompatíveis quanto uma gota de óleo em um límpido cálice de água. Mas era preciso enfrentar a situação do dia a dia. Seu fim de semana fora confuso e cheio de estranhas impressões. Agora sua mente desanuviava, pouco a pouco, e se tornava capaz de entender o que se passara... na sexta-feira tinha comprado estranhas ervas em um bar escuro. E pelo jeito, ele as queimara todas, sem exceção. A maior viagem de sua vida... fora efeito apenas disto... guardiões, muralhas, almas... seriam viagens, apenas viagens... Não seriam? Será que estaria negando tudo o que realmente passara? Não se importava, não naquele momento. Voltaria para o trabalho, para mais um dia na Gráfica Estadual. E tratou de tirar do bolso o dinheiro para a passagem.

     Chegando na Gráfica, Augusto iniciou o trabalho diário e diário e diário... que tanto lhe incomodava. Primeiro preparava a tinta em um pequeno cadinho, que depois deveria ser aquecido e deslocado até o recipiente da máquina de impressão. Suas mãos ressentiam do calor da operação, pequenas bolhas se formaram. Lembrou que Inês, a perfumada secretária-geral deveria possuir algum líquido antisséptico. Foi falar com ela, enquanto os primeiros cartazes já estavam sendo impressos.

     No caminho, lembrou-se da velha arma que guardava na primeira gaveta. Carregou-a, encostou o cano na cabeça de Raphael e viu os miolos e o sangue esparramarem-se na parede. Dirigiu-se à sala de Leonardo e aí sua fúria se manifestou de forma mais brutal. Além de matá-lo com vários tiros, chutou-o na genitália demorada e prazeirozamente. - Esses, pelo menos... - suspirou - não perpetuarão a insanidade medíocre. Voltou para casa, banhou-se e voltou a dormir. Sonhou novamente. Com as mesmas ruínas de que tanto gostava. - Onde está você, criador?

     -Ah!, e meu nome não é Augusto!
(os)

     O Guardião rugiu: estais louco???? Trocaste o ar pelo sangue? Páre com isso, tolo macho!... Esquecestes que pensa? Enfurecido com a advertência, Atahualpa arrancou um dos olhos do Guardião com o polegar esquerdo. Ficou um tempo rindo daquilo tudo, sentindo a libido transbordando de forma estranha. Tudo acabara. Tudo? A porta se abriu bruscamente. Era Ana: - Vim buscar aquele casaco cinza que esqueci no fundo do seu armário.... A porta novamente se fechou. Augusto, enfim, acordou: a cabeça e o membro bambos. Que noite horrível! Finalmente, Deus lhe concedeu a dádiva do despertar.

     Augusto novamente percebeu que estava tendo alucinações. Uma hora estava na Gráfica Estadual, outra hora estava em tempos remotos... devia ser um flashback daquela estranha erva que fumara na noite anterior. E também de toda a mescalina que ingerira nos idos dos anos 70, quando ainda era hippie e lutava pela paz mundial. Sua cabeça doía e vagarosamente levantou-se do colchão... lembrou que Ana, sua ex, havia vindo buscar seu casaco cinza. Que bom que não cruzara com Inês, a secretária que estava dando uns... digamos, tendo um relacionamento super-maduro.

     Lavou o rosto com água fria e fez a barba. O Espelho refletia traços angulosos e bem definidos. Tez morena, cabelos agrisalhando-se, curtos e levemente espetados. Iria procurar ajuda para tanta perturbação. Pegou o telefone...

     E ligou para Ana, ainda sua única amiga : - Ana, tô precisando de ajuda. Acho que vou ficar maluco, se é que já não estou... Ana , levou alguns segundos para responder . Afinal, pensou, este poderia ser um dos truques de Augusto. Um jeito de faze-la voltar... _ O que há ? perguntou - Já não sei quando estou sonhando ou acordado, se a realidade é esta aqui, ou se é o mundo fantástico que vejo nos sonhos. Sonhos..? Não sei.... Pensei até ter assassinado uns caras no trabalho.Minha cabeça doi, não consigo pensar com clareza...Não me alimento há 3 dias , sem fome... Não durmo direito..disse num atropelo, as palavras encarreiradas, a dispnéia lhe cortando as sílabas.

     Sobre as pedras Augusto augusto brilhou e já não era mais ele nem ela nem nada, era apenas o que não era e não sabia, pois se soubesse teria sido o que não queria ser.

     A noite, os sonhos, os pesadelos...enfim, tantos desencontros preenchem a alma e a mente de Augusto. Cadê Ana? Seu vulto parece entrar no quarto e ocupar tudo. Ele sente o toque dela. No entanto, Augusto não se mexe. Será mesmo Ana ou um ladrão? Ele bem que gostaria que fosse alguém que pudesse lhe roubar a própria alma.

     Oh, quem dera fosse apenas um ladrão, ou esse meu sonho quase real, essa minha vida virtual. Mas parece ser ela, Ana, aquela mulher em quem tanto amei e confiei, sim, ela está aqui, para tirar a minha vida, e eu nao posso fazer nada, pois se eu matar Ana, e tudo isso nao for um sonho, entao seria meu fim, pois pior que toda essa loucura que ocorre ao meu redor, seria viver sem Ana. Mas quem sabe, talves ela, indefesa mulher, que nunca soube o que eh sofrer, queira aliviar a minha dor, pois nao suporta mais ver me sofrer, entao ela se aproxima de mim, meu coração bate mais forte, nao sei se é pelo medo ou emoção de estar perto de Ana. Ela me abraça, um abraço muito forte, apenas com um braço, com o outro ela segura bem firme o punhal, pronto para acabar com o meu sofrimento, mas vejo em seus lindos olhos, descerem lagrimas, e ela grita, não, não posso fazer tal coisa. Entao eu digo, por favor Ana, não deixes de cumprir o teu objetivo pelo qual viestes aqui, livra me deste sofrimento, quero saber se estou vivendo ou sonhando.

     A feia e gorda lombriga rastejou por entre as frestas úmidas do banheiro. Seu olhar gosmento localizou a figura mirrada do personagem... a lombriga riu-se e perguntou: onde está o inca?

     PARA MORRER não é preciso filosofia. Não é para morrer que escrevo o que julgam poesia. Tenho pena e pavor dos miseráveis que legam heranças literárias, filosóficas, palavras, conceitos, epitáfios, ou tentativas outras, últimas de comunicar sentimento à eterna surdez do mundo. Oh! Náusea de perfume barato, angústia de sufocado grito, epidérmico horror de Existir e o Saber! Trocaria a plenitude interior do mar distante pela simples inocência de tudo ignorar! Mas, sei e isso cansa, Sinto e tudo é pouco!

     O augusto Augusto e a ratazana Ana. Ananana. Morrer-me talvez, matar-te quem sabe... Escuto o som primordial do teu coração e sei: eu sou Ana. Porém tudo que sei é nada diante do espelho que é tú mesmo. Me reconheço em ti, e não gosto do que vejo. Olho-me no espelho e com o teu punhal em mãos, abro uma ferida bem sutil no meu peito e fico vendo o filete de sangue escorrer pela minha barriga. Será tolice construir no espaço catedrais de vidro? Olha-me Augusto, olha-me e vê, pois não basta a dor nem a cor, apenas o vôo, o vôo, O vôo...

     Esse ninho no meu ventre é um ninho de serpentes. Eu Ana, sou a vida e a morte, amo as tempestades e a calmaria. Sabe acho que esquecí... Augusto!!! Augusto!!! Me chama o açogueiro... Já que quero e não quero deleto, e deletar para mim é uma nova possibilidade de não ser... Mas me faz um favor Augusto, me chama o açogueiro e diz pra ele me trazer um quilo de aço, tô desejando devorar aço em brasa e depois tomar água para ver o fumaceiro... vai Augusto vai... não demora
(Adália dos Reis)

     Saiu às pressas em busca do açougueiro, tomado de um pânico repentino, tropeçando nas próprias pernas... Acordou dias depois, num lugar desconhecido, cheiros desconhecidos, rostos que o olhavam perscrutando . Na boca um gosto amargo . Nada de açougueiro , nem de muralhas, ou de Ana ( saudade de Ana...). Um dos homens que o olhava dirigiu-se a ele com uma pequena bandeja nas mãos , e dentro dela vários comprimidos de diferentes cores : - Isso é prá você. disse o homem . Já está melhorando... Teve uma vaga noção do universo delirante no qual estivera mergulhado e da mesmice sem graça e opressora na qual mergulhava agora . Não mais o pânico, nem o terror. Mas também, nada do sonho...Teve vontade de chorar, mas nehuma lágrima lhe assomou aos olhos.

     Foi quando do nada surgiu o anjo cambaleante e cego. -Ai meu deus, quando esse delírio acaba? -Um dia talvez, porém ainda é cedo.-respondeu o anjo cego. Nesse momento reparou que o anjo tinha uma asa quebrada. "Então era esse o sinal que todos aguardavam..." pensou no mesmo instante em que das duas mãos do anjo surgiam duas serpentes: uma dourada e outra prateada e aos pés do anjo várias caveiras junto a um túmulo aberto que irradiava uma luz tão forte q ue por alguns minutos teve a impressão de não mais poder enchergar... pobre Augusto augusto que destino te deram essas pessoas que escrevem a tua história sem fim? Quando a tua história sem fim terá fim? Uma voz responde: nunca Augusto, nunca. E é a voz de Ana, Ana, Ana, Ana...

     Era só mais uma das suas alucinações... À noite, na penumbra do hospital psiquiátrico, como um sonâmbulo, Augusto se levanta e sai andando descoordenadamente. Sem se dar conta se dirige ao parapeito da janela. De repente pisa em falso e sente seu corpo se projetar no vazio. Ainda tem tempo de pensar:"Ai meu Deus! São três andares..."

     Porém sentiu uma mão lhe segurar e um braço forte o erguer. Um homem de ombros largos e jaleco branco salvou sua vida. Aquele homem sorriu, o colocou de pé e lhe acariciou o rosto, depois os lábios.

     - Oi Augusto. - Quem é você? - Eu sou aquele que tanto buscas?. Não me reconheces? Várias lembraças atacaram a mente de Augusto, buscando o reconhecimento daquele voz, daquele rosto. Repentinamente os olhos de Augusto brilharam e uma voz ecoou nas suas lembranças:"Volte a viver Atahualpa!" - Sim Augusto, sou eu, o Guardião. O momento de silêncio parecia não ter fim, como essa estória, como a tua vida que gira em falso na roda da vida e da morte.

      A feia e gorda lombriga rastejou pela úmida janela e sorriu. - É verdade, pensou, eles, esses infames autores, ainda lembra do velho Atahualpa, a única coisa boa dessa babel desenfreada! O velho inca chorou. - O que estão fazendo comigo? Sou como o escaravelho que, untado de merda ressequida, é levado pra cá e pra lá, ao sabor do vento.

     Augusto esqueceu-se completamente do que era...um trabalhador, um velho inca...um animal, era tudo e todos, e não era nada nem ninguém, deixou-se levar ao sabor dos sonhos que se iam transformando em pesadêlos, coisas sem nexo, tentava morrer em paz, queria viver, mas não sabia como. Talvez devesse deixar de fumar tanta erva...mas como, se era a própria erva que o levava a todo o lado que queria, se era a erva que o fazia sentir-se vivo... E Augusto, continuou sem saber quem era....

     Caminha e não chega. Ontem Lina, a puta,perguntou: - Porra Augusto, que merda tua estória. O que tanto tu busca? - Ah Lina se eu soubesse... -traz mais uma cerveja, gritou ele para o garçon - Ontem tive pensando o que essas pessoas todas fazem aqui...elas tanbém não sabem nada, não sabem o que querem. Fica comigo hoje lina. - Tú tem dinheiro pra me pagar? -Fica por amor. - Porra Augusto eu sou uma negociante, não tem negócio de amor, sexo para mim é negócio... sinto muito. Augusto olhou para lina e pensou: - Ela é linda. Quantos anos terá? Parece tão nova e já tão experiente. Vou fazer ela se apaixonar por mim, assim ela me dá de graça. Nesse momento um carro parou e alguém gritou: - Lina vem cá. Ela foi entrou no carro e sumiu. Augusto ficou só. Eram três horas da madrugada. Ele pensou: "Ainda te fodo Lina. Ainda te fodo. Assim como eu fudi ana." E começou a chorar, pensou: "Já estou bêbado preciso dormir". E foi para a porta da igreja do Desterro.

     e então ele continuo dirigindo e pertubado por não ter conseguido ainda ter fudido com ela, Acelerou e foi fazer o retorno para ir atrás dele. E perdeu o controle do carro. Bateu na porta da igreja e a alavanca da porta da igreja, que era feita de ouro, entrou no seu pulmão assim perfurando o seu corpo frágil. E ele tentava respirar mas só sentia o sangue subindo sobre a garganta. Enquanto ele se asfixiava com seu próprio sangue a menina chorava mas no momento sentiu um alívio.Não sabia o por que mas mesmo assim aliviada parou de chorar e olhou para o céu e no momento apareceram milhares de estrelas. Foi como se o céu estive sorrindo para ela.

     contudo augusto ao sentir a morte em frente a igreja, sabendo que jamais iria possuir sua amada meretriz, blasfemou contra todos os deuses invocando nosferato, implorando o reino da noite e a vida eterna,gritando: - se é pra se desfazer por que se fez...", assim veio como um raio, entre o cheiro de enxofre, o grande rei das trevas, mordendo-lhe o pescoço e proferindo as seguintes palavras: - agora vai infeliz, o sol a partir de hoje será teu martírio..abraça a noite e se alimenta da morte.E desapareceu como surgiu. Atônito, auguto sem perceber o que tinha acontecido..Ao ver o sol que já aparecia, comecou sentir que seus raios penetravam-lhe a alma, saiu correndo em desespero e entrou no esgoto da cidade, logo adormecendo.

     E horas se passam até que augusto Augusto desperta... Mente embotada, olhos ardentes e um gosto ferruginoso na boca. Levanta-se e vai até o banheiro. Passos tropegos e a eterna duvida: Estou enlouquecendo??? E preparando-se para abrir a torneira para lavar seu rosto macilento, Augusto vê sair do ralo da pia a gorda e feia lombriga: kikikikiki, ri a nefasta criatura e logo profere: -Não Augusto, você não está ficando louco. Isso é real! Não sente esse cheiro nauseabundo de enxofre e Coliforme fecais por todo o seu corpo?

     não !!.. não pode ser , exclama Augusto , será que acordei em Brasília ? Não ,não pode ser , Brasilia ainda não existe , ou existe , será ??? Ajude-me Atahualpa ..

     Augusto olha para o espelho. Num olhar profundo através de sua consciência, solitário em seu pensamento, começa a rever em cenas precisas, toda a história de sua vida... Quando criança, sua adolescência, juventude e o início da maturidade... -"O que fui e o que sou..." pensou triste... -"Se meus sonhos se concretizassem, seria uma pessoa diferente, seria tão bom se isso acontecesse..." Triste, abriu a torneira, encheu suas mãos com água e alcançou seu rosto. Enxugou seu rosto e olhou novamente no espelho e pensou...

     Sou tão solitário a este ponto? E neste dado momento ouve um barulho na porta. A mesma se abre. Ouve ruidos e seu corpo estremece.Sente pavor do que poderá mais uma vez sentir, presenciar.Olha para os lados e pega um machado para atacar o suposto inimigo. Será Satã? Atravessa a porta. É sua velha mãe, gorda e cansada, trazendo um deliciosa bolo de alcachofras verdes e frescas.Suando frio abraça sua mãe e come o bolo. Olho no olho, mãe e filho num olhar misturado as loucuras e ao devaneio, Augusto sente que as alcachofras se mexem. Comia lombrigas.

     Sente que as lombrigas percorrem toda extensão de sua boca com imensa rapidez. Vê sua mãe rir-se sem parar, gargalhadas que até os seres infernais poderiam escutar.Cospe todas as lombrigas na cara de sua mãe e vê que as lombrigas penetram na pele dela.Percebe, num impulso colossal: não é sua mãe.

     Na verdade era apenas mais uma das faces e das brincadeiras do demônio!!! Este queria infernizar a vida de Augosto para sempre!!! Mas Augusto não se intimidara e acertou com um golpe certeiro do machado que estava em sua mão a cabeça daquele ser que tinha a imagem de sua mãe!!! O corpo estendido no chão jorrando sangue para todos os lados e quando Augusto percebe o que fizera já era tarde!!! Ele havia imaginado as lombrigas e o demômio. Era sua mãe mesmo, e ele havia matado ela. Meu Deus o que que eu fiz pensou Augusto. E então ficou sentando numa cadeira, olhando para o corpo da mãe e pensando...

     Tinha q fazer alguma coisa. Pensava a todo instante que estava louco. Deveria mesmo estar? Sua própria mãe!Parou um instante. Ouviu sua mãe esboçar umas últimas palavras:

     _ Meu filho, acorde! Já está na hora de ir para a escola. Então Augusto que era apenas uma criança sonhadora e de uma imaginação fértil, acordou e fazendo murrinha, como toda criança faz, foi para o tão especial banheiro com lombrigas fazer suas higienes matinais, mesmo odiando escovar os dentes. Foi quando sua inimiga mortal, pela qual tinha uma paixãozinha infantil, chegou a sua casa para levá-lo para a escola. Toda raiva que Augustinho sentia por Ana era sem dúvida porque ela ser seu primeiro amor.Foram juntos para a escola, mas no caminho...

     Augustinho começou a relembrar o sonho em que matara a própria mãe, então olhou para o lado e começou a pensar em como seria matar Ana. Então viu que havia um mato logo a frente e convidou Ana para ir lá que ele queria lhe mostrar algo. Foi então que Ana percebera o erro que cometeu ao entrar no mato com Augusto. Este atacou Ana com muita raiva e estrangulou-a. Foi então que Augusto foi cair na realidade e perceber o que acabara de fazer. O que fará ele agora...

     Um menino tão jovem e ao mesmo tempo esquisofrênico!Ou estaria mesmo em um mundo mágico, cheio de bestialidades, fazendo com que ele cometesse estas loucuras?Saiu do nariz de Ana uma enorme lombriga gorda e rosada, falando: Augusto meu nome é Porota, vim de uma terra distante, com a missão de lhe enviar uma mensagem.Você é um ser dotado de poderes. Precisa entrar na Terra do Sem Fim e resgatar o feijão mágico, para que possa salvar a sua terra.É tudo com você.

     Então Augusto pegou a Porota, botou-a no bolso e se foi em busca da terra sem fim.

     Chegando na Terra do Sem Fim, agora com a Porota na mão Augusto é atingido por uma luz intensa que lhe deixa atordoado. Com tanta luminosidade lhe ofuscando, seus músculos retesam-se e um gélido suor começa a escorrer-lhe pelas têmporas. Augusto sem perceber estrangula a pobre Porota.

     Passado algum tempo, já se refazendo do mal estar causado por esse estranho lugar com seus mil sóis, Augusto sente uma viscosidade em sua mão e só então lembra-se de Porota. -Oh céus, o que fiz??? Pobre Porota! E agora, quem poderá me ajudar?

     Euuuuuuuuuuuuu!!!!! Pois olhe só! É o chapolim colorado! que surpresa!

     E augusto chora e se lamenta: POROTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA POROTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

     E então aparece um homem alto e forte numa armadura preta com um machado na mão e diz para Chapolin: -"Saia daqui!!! Você não é bemvindo na Terra do Sem Fim!!!" E Chapolin retruca: -"Eu vou onde eu quiser sua lata de sardinha". Então o guerreiro dá um grito de guerra e gira o machado sobre sua cabeça e acerta um golpe certeiro no pescoço do Chapolin arrancando fora sua cabeça. Então Augusto olha para o guerreiro e percebe que se trata do Guardião!!! Então Guardião olha para Augusto e pergunta: -"Quer ser o próximo???". Augusto fica apavorado olhando para o corpo sem cabeça do Chapolin e para a figura do cavaleiro que o matou, sem saber o que fazer.

     No entanto, num misto de loucura e prazer, Augusto lembra-se de estar dotado de poderes e solta do fundo de sua garganta um cuspe afrodisíaco num misto de cenoura e urucum, tornando-se ácido e fatal. E então? NÃÃÃÃÃÃO!!!!!!!!SIM! É amorte do guardião...
(A.V)

     Então Augusto olha e ve Guardião completamente nu e com o machado em suas mãos ainda. A armadura preta o protegera do ácido apenas perdendo-a. Mas no entanto Guardião estava com uma cara feroz e começava a avançar para cima de Augusto. Augusto no entanto pensou em correr mas não conseguiu... então pensou em o que fazer, quando percebeu que já era tarde demais... Guardião mesmo nu mas com seu machado começou a atacar Augusto primeiro acertando seu corpo e depois cortando sua cabeça. Era o fim para Augusto... seu corpo estava completamente estraçalhado no chão. Guardião ria muito mas derepente percebe que há algo estranho ali. Porota se aproveitando dos pedaços de carne de Augusto revivera e estava maior e mais forte que antes... o que faria o Guardião cansado agora???

     No entanto, com toda sua raiva pela morte se deu mestre, porota, agora crescida, medindo mais de cem metros, come uma árvore como refeição. no entanto, mata o guardião desgraçado e mal vindo na história apenas com um sopro. Ela assoprou o guardião e este, batendo nas roxas, esfarelou-se feito farinha de rosca( aquela com que se faz bife a milanesa), obtendo uma bonita morte
(Bruna)

     E AGORA? NOSSA PERSONAGEM PRINCIPAL, AUGUSTO, ESTÁ MORTO!!! O QUE SERÁ DELE?
(A.V)

     acho que terá o mesmo fim do nesse querido e amado conterrâneo Policarpo Quaresma

     Só há um porém, o Policarpo é um pobre fracassado militar que luta por uma causa inexistente, já o nosso querido Augustinho é um Inca de grane valia e, que junto com Polota, vai obter o sucesso e ser um ser adorado por todos os que visitarem a Terra sem fim, o lugar onde tudo começa e num termina....
(Eduardo)

     NÃO! não terá o fim do gordo, rosado e felpudo Policarpo.Augusto sente-se zonzo.Sente que seu corpo queima em brasas. Tudo é quente. Abre os olhos. Santo Criso!!!!Enxerga seres de extrema horrorosidade, vermelhos, peludos, grandes e chifrudos, que urram feito animais. Augusto está no inferno.
(A.V.)

     Então ele escuta uma voz que diz: "Demônio inda bem que f\vieste, num aguentava mais te procurar nos cafundós do infinito. Aprochegue-se aqui e vamú prosia cás capetinha pelada deste inferninha". Augustinho ficou apreessivo e num sabia se atendia'`aquela voz ou não....
(João)

     Então ele decidiu..... Chutou o traseiro de polota e seguiu aquela voz.....Quando ele viu de onde vinha, se apavorou, era sua mãe vestida de traveco atracada numa capeta que se chamava Mirna....
(4DEDOS)

     Foi então que Augustinho viu Ana que ele matara no inferno. Ela com uma roupa de tiazinha começou a chamar ele para um quarto que tinha lá... então Augusto sem controlar seu corpo começou a ir para o quarto. Ana tirou sua roupa e subiu em cima de Augusto e começou a transar com ele. Augusto mesmo sem entender nada estava gostando mas quando ele olha o rosto de Ana havia se transformado no rosto de sua mãe e ele apavorado não conseguia se mexer. Ana com o rosto da mãe de Augusto começou a lhe falar: -"Olhe bem o que você está fazendo comigo meu filho!!! Seu pai e todos o irmãos dele faziam igual!!! hauhauauhauha". Então Augusto consegue escapar dali chorando e com muita raiva e se depara num lugar totalmente escuro e deserto. Como Augusto foi parar ali?
(Thiago M. K.)

     Aí é que tá, Augusto ouve um estalar de dedos e se acorda, é a Mirna que estava lhe olhando com uma cara de apavorada.....Augusto havia desmaiado e sonhado com coisas horríveis qd viu sua mãe de traveco.
(4DEDOS)

     Foi então que tudo que existiu explodiu e acabou. e a Terra Sem Fim teve um fim... para provar que tudo que existe tem um fim... Sobrou apenas muita poeira e porota vagando pelo espaço... oq será que akele verme gordo rosado e feio fará?
(Paulinho Pirulito de Ouro)

     O que ele fará?? heim ? heim?
(Paulinho Pirulito de Ouro)

     Bom, tudo se acaba... Porota vaga imensamente pelo espaço infinito, levando consigo apenas lembranças,,, É quando avista um provável planeta habitado.Habitado com que? Com quem? Porota, esse verme bem rechonchudo e rosado, unico sobrevivente do planeta terra, se põe a descer ao novo planeta
(A.V)

     Ao avistar o novo planeta, o grande verme gorduuuuxo e rosado se dá por conta que seu parceiro Augusto não estava mais ao seu lado, e que nada tinha mais sentido.....pensou em uma solução e não encontrou....resolveu então encarar aquele mundo novo, como uma nova casa, uma nova vida.....Quando olhou por tudo o que a cercava se deu conta que todos possuíam um pirulito dourado e pensou: "Será que eu com os meus 4DEDOS posso viver num mundo de pirulitos de ouro?!" Então fica a encognita, o que porota fará?!
(Luís)

     Foi então que apareceu Mogli, o menino lobo, vestido de motoqueiro e com um pikachu vermelho em cima de seu ombro. Então porota os olhou e disse: -"Olá... sou porota e estou vindo da terra... podem me ajudar?". Então Mogli, o menino lobo, resolveu ajudar Porota e a convidou para jantar na sua casa. Quando porota chegou logo viu o que eles iriam comer: baratas!!! Porota adorava comer baratas era seu prato favorito. Só restava saber como eles iriam preparar a porção de baratas gordas e suculentas!!!
(Paulinho Pirulito de Ouro)

     E então como prepararão o prato?
(Paulinho Pirulito de Ouro)

     E então Porota chegou ao extase. Mogli, o menino lobo, e seu pikachu vermelho prepararam baratas ao molho de lagosta banhada ao caviar servidas fria. Logo após a refeição Porota tirou um cochilo na cama de Mogli, o menino lobo. Depois do chochilo Mogli, o menino lobo, e seu amigo pikachu vermelho levaram Porota para conhecer seu planeta. Era um planeta pequeno chamado Zyggypluft. Em um dia Porota já conhecia todo o planeta. E decidiu ficar ali e começar uma vida nova ali... em Zyggypluft!!!
(Paulinho Pirulito de Ouro)

     Alguns dias após Porota construir uma casinha para ela, o pikachu vermelhor que já estava ficando seu amigo lhe apresentou um amigo pokemon chamado Caterpie! Era um verme pekeno, verde e nojento, bem do jeitinho que Porota gostava. Assanhado como era, Porota não perdeu tempo e convidou Caterpie para sair. Caterpie como havia gostado de Porota não desperdiçou a chance e aceitou sair com ela. Ao final da noitada de diversão Caterpie e Porota se encontravam no meio dum lixão se amando loucamente como dois vermes jovens e apaixnados e com muito fogo. Mas eles não se preveniram e agora Porota está achando que está grávida. Será mesmo que ela engravidou de Caterpie?
(Paulinho Pirulito de Ouro)

     No entanto não estava. Havia somente ingerido muito alimento.Porota tratava se acostumar-se cada vez mais com essa sua nova vida.Zyggypluft era um planeta bem amigável, com seres todos desformes, um diferente do outro...
(Josué)

     ..mesmo com toda aquela novidade que estava enfrentando, mesmo com um país inteiro para explorar e apreciar, Porota não esquecia de seu fiél companheiro Augusto, que amava Ana que tinha uma mãe traveco....enfim, toda aquela locurada da Terra Sem Fim, que apesar de tudo era seu lar....
(4DEDOS)

     No entanto Porota encontrava-se dentro de seu quarto. Olhava para as paredes, um tanto tenebrosas. ficou apavorada pois começou a ouvir grunidos vindos da sala.Assustou-se. Levantou, muito confusa.Não havia nada. Não era ninguém. Estaria ela ficando louca?
(A.V)

     Foi quando derepente apareceu o Doutor Vanacut na porta de seu quarto. Estava ela num hospício horrendo de paredes escuras e tenebrosas. O que estaria fazendo ali, Porota se perguntava. Da porta de seu quarto o Dr. Vanacut a olhava e ria... ria muito como quem iria se divertir muito. Então o Dr. pegou Porota e a levou para o tratamento de choque. Descarregou uma descarga horrenda d choque em Porota até ela desmaiar. Quando ela desmaiou levou-a de volta a seu quarto e a trancou lá d novo.
(Thiago M. K.)

     de subito a já desturbada mulher faz de conta que está num mundo fantasioso pois escondida tomou um ectsasy escondida...se imaginava dançando locomia adoidada com um leque quando de subito se cagou

     E relembrando os leitores, Porota não é uma mulher, e sim, uma rosada e gorda lombriga da raça das Alfândegas.
(Av)

     Manhã tarde e nada d´ela chegar. Seu cheiro já estava no meu corpo e senti-la era saber da luz e da cruz. PORRA PORRA PORRA. QUE PORRA. Eu, o Guardião dos Trópicos,declaro, para que todos possamos viver sem dor, o fim dessa estória insana começada por agostina, a poeta web master, sonhadora de ninhos e de nhanhas. Sob pena de viverem em eterno estado de poesia todos os autores desta estória serão levados para a ilha de Kaphar Salama, situada na Sexta Região Cósmica. Quanto a Agostina vivera sob eterno estado de poesia, junto de todos os seus súditos, servindo-se inssaciavelmente de um arém másculo, onde serão declamados poema a cada meia hora. E eu, o Guardião dos Trópicos, serei seu principal servidor, para felicidade de todos e para o bem geral da Garganta da Serpente. Terça-feira, 28 de março de 2000, 11:17 Guardião dos Trópicos

      E eis que Porota acorda do seu longo sonho/pesadelo ocasionado pelos eletro-choques e overdose daquele alucinógeno maldito... _Onde estou??? _De onde vim??? _Pra onde vou??? elocubra a miserável criatura.

     E a nossa doce Porota descobre que tinha sonhado com toda aquela história passada e que o seu amável Augustinho estava vivo, para a felicidade geral da nação. Percebeu que não estava louca, que nunca tinha ido a outro planeta e que muito menos poderia estar grávida, pois um verme hermafrodita não engravida... Foi quando Augusto Augusto a tirou de sua lancheira na hora do recreio...
(Ana Rita)

     Porota, sua safadinha! Quem foi que te mandou vir para a escola comigo? Indagou Augustinho. Você sabe muito bem que a Ana não vai muito com a sua cara e muito menos com o seu rabão e eu quero conquistar ela, pois esse ódio todo que sinto... é o amor, que mexe com a minha cabeça e me deixa assim, que faz eu pensar em você e esquecer de mim...
(Ana Rita)

     A vida, brava vida, batendo na mente de augusto.Agosto. Todos dormem, embora eu caminhe entre os trilhos da loucura. Só tu sabes quem é tú, Ana, devoradora de sonhos. Na quela noite em que augusto te convidou para viver tú esquecestes que tudo é o começo e a busca de si mesmo. Então porque mundo?, porque logo nós fomos escolhidos pra criar essa estória que insiste em trancorrer, em derramar-se como o sangue que se asvai do corpo ao minímo corte? VIDA VIDA VIDA VIDA. Viver é tudo. O resto é consequencia.

     -Sim, vida...sem sentido, sem ter certeza de nossa origem ou nosso destino (e para que ter um??!)...sendo todos filhos de uma mutação genética atrás de outra, eu Augusto, tu Porota...simples nomes e denominações para o inexplicavel...E...pelos deuses, é melhor eu me concentrar no meu momento atual, antes que perca o ano letivo com tanta imaginação.

     E ao chegar na escola,Augusto se encontra com Ana,que estava acompanhada por sua prima que veio de muito longe,seu nome era Kyara,era muito linda e gostosa,mexia com qualquer cabeça.Mas por de traz daquela beleza havia um grande misterio...

     Augusto não se deixou levar pela complexidade do seu pensamento ao observar Kyara. Prescisava matar tal sentimento e para isso carecia de ajuda. Não sabia, porém, que estava sendo observado, seus passos alguém de longe seguia.
(Daftah)

     Ana, perseguia-o vendo todas as suas acções... Aninha sentia k augustinho poderia se apaixonar por Kyara,e isso era algo k ana deveria evitar a todo o custo, pois.....ela escondia 1 sentimento muito forte por augusto por detrás de todo aquele gelo ela tbm o amava... de súbito,Ana levanta-se e aproxima-se de Augusto,dizendo-lhe:«Quero k saibas k te adoro e k estarei do teu lado para tudo»terminou chorando e Augusto não conseguiu evitar e beijou-a selando assim o "ódio" k impedia o amor deles!!!!
(Angel)

     e foi então que Kyara se transformou no Guardião (já que nessa estória tudo se ressucita),e Augusto vendo que Ana corria perigo invocou o espírito do Guerreiro Inca Atahualpa, sua piroca, de lombriga encrenqueira se fez de espada, e começaram uma guerra (seria a terceira guerra mundial).De repente Augusto acerta um golpe mortal no Guardião, que ao se desfalecer revela sua verdadeira face, FHC. O mundo inteiro comemora é o fim de FHC.

     Mas como nem tudo que parece ser é; com a morte de FHC, ressucita do meio dos mortos um monstro mil vezes mais perigoso, que em outros tempos assustou o mundo com sua frieza e com sua maldade. Hitler voltou!

     Augusto balançou fortemente a cabeça tentando encontrar um bocado de lucidez. Quanto mais o tempo passava, mais um rastro de insanidade o acompanhava. Ana sorria - serena. Parecia a única coisa real que ainda teimava em existir ao seu lado.

     Augusto começou a desconfiar de suas alucinações, recorrendo a médicos, psquiatras, religiões,achando estar com algum espírito desencarnado o incomodando,mas nada adiantava.Sua vida cada vez mas se confundia entre realidade e ficção e tornando-se assim cada dia mais aterrorizante.

      Sua pele pálida, com os olhos fundos e aparência cansada de não dormir a várias noites, estava o transformando em um ser noturno cheio de mistérios.Procurando respostas a sua suposta doença, se entregou durante as noites mau dormidas à leitura.Foi quando lendo um livro se viu dentro do próprio conto fugindo completamente a realidade e caindo novamente em seus delírios....

     Sou eu louco? Sou só, insano e demente... Oh! Deus, livra-me do mal que me persegue, sombras imundas são minha companhia, não deixes que me levem. Um mundo estranho de gritos de pavor toma sua mente como moradia, insuportavelmente colérico vai à procura de um amor a muito deixado...

     Os passos de Augusto já não acompanhavam seu pensamento. Seus movimentos eram lentos. Nesse momento passou veio à sua mento tudo o que passara até então. Lembrou-se do inseto eesmagado na parede, da gráfica e também de Kyara. O noite já tomara o firmamento, e seus lentos movimentos eram criteriosamente observados.
(Daftah)

     Que merda toda é essa? Sussura Augusto. - É a sua vida. - Que vida! Isso não é vida. - Interessante não é? - Eu enlouqueço; quase morro. Quando lucido me suicido. Quando morto me encontro vivo. De que vale me interessar por isso? - Ah! Pobre Augusto... - Hei! Espera aí. Quem é você? Onde está? Como fala comigo? Onde está? Hei cadê você? Olá!!! Heeiii... Silêncio.
(Cérbero da Cruz)

      Palavras soltas ao vento... Transformasse em inútil provimento. De sábios lamurientos que nunca saíram do quarto. Nunca saíram do retrato, 3X4. Da via escura onde dejeta o pateta

Quem vive sem loucura não é tão sábio quanto pensa.
(La Rochefoucauld)
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