Luiz Hermano teima manso. Sua obra decorre de um fazer nunca agressivo, porém, resistente a seu modo. Nem mesmo a grandiosidade que alcança em algumas de suas esculturas provém do enfrentamento decisivo com a matéria. Buscasse um enaltecimento da ação impositiva do artista e seu meio de expressão seria outro. Mas não. Faz da paciente reiteração do gesto seu jeito de construir. Suas peças são precárias, de uma precariedade que deriva dos materiais e do processo de construção que utiliza. (Maria Alice Milliet)
Luiz Hermano utiliza ligas de bronze, alumínio, aço inoxidável e cobre como matérias-primas que são seriadas, organizadas, subvertidas, torcidas e montadas. O resultado são tapeçarias metálicas e orgânicas que brotam do chão, do teto, das laterais, sobem pelas paredes e engolem os espaços físicos em diálogos formais e conceituais poderosos e surpreendentes. (Kátia Cantom)