Base XIV: Do trema
O trema, sinal de diérese, é inteiramente suprimido em palavras
portuguesas ou aportuguesadas. Nem sequer se emprega na poesia, mesmo que haja
separação de duas vogais que normalmente formam ditongo: saudade,
e não saüdade, ainda que tetrassílabo; saudar,
e não saüdar, ainda que trissílabo; etc. Em virtude
desta supressão, abstrai-se de sinal especial, quer para distinguir,
em sílaba átona, um i ou um u de uma vogal da sílaba
anterior, quer para distinguir, também em sílaba átona,
um i ou um u de um ditongo precedente, quer para distinguir, em
sílaba tónica/tônica ou átona, o u de gu
ou de qu de um e ou i seguintes: arruinar, constituiria, depoimento,
esmiuçar, faiscar, faulhar, oleicultura, paraibano, reunião; abaiucado,
auiqui, caiuá, cauixi, piauiense; aguentar, anguiforme, arguir, bilíngue
(ou bilingue), lingueta, linguista, linguístico; cinquenta,
equestre, frequentar, tranquilo, ubiquidade.
Obs.: Conserva-se, no entanto, o trema, de acordo com a Base I, 3º, em
palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: hübneriano,
de Hübner, mülleriano, de Müller, etc.