A Garganta da Serpente
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Comentário de um peido maldito

(Roberto Ribeiro)

O homem desarranjado
Do seu pobre intestino,
Pode matar um cristão
Como fez com Jesuíno,
Solta cada "bomba" atômica
Que de longe vão sentindo.

O "cabra" que come fáfa
Seja velho ou menino,
Solta peido com fartura
E não pode ser bem vindo,
Pois maltrata os presentes
Que estavam assistindo.

Eu vou falar do exemplo
Que se passou na escola,
Um "sujeito" sem vergonha
Com o seu "anel de sola",
Pois afrouxou duma vez
Botando a gente pra fora,

Tem o peido roncador
E o bem silencioso,
Tem o peidinho abafado
Também o peido dengoso,
Tem o peido exagerado
De um sujeito seboso.

Tem o peido de ressaca
Que mata qualquer cristão,
Com essência de cachaça
Temperada com limão,
Tem o peido escandaloso
Que provoca explosão.

O "cabra" que solta o "bicho"
Nunca diz que é o "pai",
Vai tirando de fininho
Devagarzinho ele sai,
Tira o "corpinho" de banda
E vai culpando os demais.

Que "bichinho" indesejado
Pra quem solta num recinto,
Fica logo encabulado
Do primeiro até o quinto,
Tem vontade de sumir
Digo isso, pois não minto.

E se for dos fedorentos
De se franzir o nariz,
Causa logo um rebuliço
Deixando o "cara" infeliz,
A platéia aperreada
Diz logo, não quero bis.

Tem a bufinha suave
Que surgi no meio do povo,
É fruto do "desgraçado"
Que só come pão com ovo,
Espanta qualquer freguês
Com medo de vir de novo.

Constrangido fica o "cara"
Que soltou e quem sentiu,
Perde logo a esportiva
Manda à puta que pariu,
Esbraveja bem irada
Condenando a mais de mil.

O peido silencioso
Ele é chamado de bufa,
Reprimido pelas tripas
Quando a barriga estufa,
Deixa o povo apavorado
Quando o danado barrufa.

Encerro meus comentários
Referente a esse assunto,
O "cabra" pra não peidar
Tem que manter os pés junto,
E parado num cantinho
Como se fosse defunto

(04/11/2006)

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