Num cordel imaginário,
Prendi o seu coração.
Era um jeito necessário,
De manter minha paixão.
Antigas cartas do armário,
Parecendo um relicário,
Na palma da minha mão.
(...)
Cada carta que relia,
Uma lágrima na escuridão.
De tão forte que batia,
Abria sulcos no chão.
Era a lembrança que um dia,
Eu pra você vivia,
Era seu, o meu coração.
(...)
O amor era tão louco,
Ninguém duvidava, não.
Mas ainda foi tão pouco,
Pois só restou solidão.
Agora o cordel abriga,
Saudade em carta antiga,
Gravada em meu coração.
(...)
Cordel dos enamorados,
Dias melhores virão.
Ficaremos acordados,
Ao som do meu violão.
Sob raios de lua, prateados,
Dois corpos entrelaçados,
Enfim, numa só paixão.
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