Você sabe me informar por que quando dois cachorros se encontram pela
primeira vez, um cheira o "fiofó" do outro?
-Não. Nem desconfio.
-Eu explico. Quando o Criador Divino, depois das aves, rios, mares, plantas,
ele falhou ao projetar, no cachorro, um "fiofó" logo abaixo
do rabo, a vista de todos, sujeito, inclusive, a sujar-se com areia, terra,
etc.
-E daí.
-E daí? O Criador Divino convocou então a cachorrada toda para,
democraticamente, estudarem um lugar mais adequado para o dito "fiofó".
Logo abaixo da barriga? Por entre as pernas? Com uma condição
importante: todos os cachorros que ali comparecessem deveriam participar da
reunião sem os seus "fiofós" originais.
-Como assim?
-Todos deveriam arrancá-los e deixá-los guardados na portaria.
-E daí.
-E daí? A reunião não foi nada democrática não.
Muita briga, mordidas mútuas, raivosos latidos, a maior baixaria.
-E daí?
-A reunião foi interrompida pois todos saíram em desabalada carreira
pelo meio da rua e, a maioria deles, na confusão, levou o "fiofó"
que não era o seu. O Pastor Alemão então pegou o "fiofó"
do Pinscher, tamanho zero. O São Bernardo, o "fiofó"
de um pulguento Pudol Toy, e por ai vai.
-Termine, pô!
-Tá. Esta é a razão, portanto quando os cachorros se encontram,
a primeira coisa a fazer é cheirar os "fiofós" mutuamente.
E o resultado?
-Esnife...esnife...pô...este não é o meu..., rosna o primeiro.
-Esnife...esnife...pô...este também não é o meu,
rosna o segundo.
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