A Garganta da Serpente
Cobra Cordel literatura de cordel
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Arte (Música)

(Alfred' Moraes)

Hoje vou falar da música
A mais popular das artes
Emerge em todas as partes
Da cultura universal.
É o bálsamo da alma
Fonte de paz e de calma
Magia transcendental.

Quando o primeiro dos homens
Ouviu o primeiro som
Notou que aquilo era bom.
Pros ouvidos e pra mente.
Rolou feliz sobre a relva
Cantarolou pra que Eva
Se livrasse da serpente.

Tem muitos Livros que falam
Da harmonia e do canto
Falam do riso e do pranto
Estampados nos semblantes.
O Riso expressa a alegria,
O Pranto, a melancolia.
Dos corações dos amantes.

Livros que falam do pinho,
O ouro do luthier,
Estes conseguem fazer
Instrumentos tão perfeitos.
Como os extraordinários
Violinos stradivarius
Obras primas sem defeitos.

A leveza e a magia
Desse formato de arte
Tem envolvido destarte
Todos os povos do mundo.
Não importa a conjuntura
Social, nem a cultura,
Nem de onde é oriundo.

Composta em forma de mantra
Ou versos metrificados,
Como cânticos sagrados
Ou acordes musicais.
"Juntar letra e melodia
"E conceber a harmonia"
Só o músico é capaz.

Como foi, magistralmente,
Ludwig Van BEETHOVEN
No mundo inteiro se ouve
Sua "Quinta Sinfonia"
Desse inefável talento
Veio "O Novo Testamento"
Da música de hoje em dia.

São trinta e duas sonatas
Escritas para piano
O "Magnífico Arcano"
Da música erudita.
Compôs nove sinfonias
Com perfeitas harmonias
Um gênio que não se imita.

Johann Sebastian BACH
Foi outro monstro sagrado
"O Cravo Bem Temperado"
Traz a marca deste autor.
Quarenta e oito prelúdios
Foram criados em estúdios
Do grande Compositor.

Wolfgang Amadeus MOZART
Já nasceu tocando cravo
Foi um verdadeiro "escravo"
Da música de seu tempo.
Aos doze anos de idade
Já era celebridade
Tinha um precoce talento.

Só de sinfonias foram
Compostas mais de quarenta
Esse cabedal aumenta
Com concertos e canções.
Com óperas e cantatas,
Minuetos, Serenatas.
Um mestre em composições.

Essa trilogia fez
Um mosaico musical
Em linguagem universal
Que qualquer humano entende.
Suas obras não têm preço.
Nem dono nem endereço.
É um bem que não se vende.

A música é "Arte Efêmera"
Sentimental, Intangível
A partitura é visível
Mas por si só não é nada.
Tem tempo, nota e compasso,
Porém não dá um só passo
Se não for executada.

É ai que entra o músico
Com sua interpretação
Cada nova execução
Tem sua singularidade.
Conforme seja o momento
O nível de envolvimento
E a sentimentalidade.

E então lançam mão da lira.
Da harpa e do bandolim
Da trombeta e do clarim
Da sanfona e do piano.
Depende, o canto erudito,
Da voz divinal dos mitos
Barítonos e sopranos.

Nunca duas audições
Serão cem por cento iguais
Nem uma orquestra é capaz
De ser tão perfeita assim.
A sinergia frenética
Incendeia a parte técnica
E a platéia e o estopim.

Nessa forma de expressão
O Brasil, modéstia parte,
Domina essa nobre arte
Como poucos no planeta.
Das entranhas culturais
Às vertentes musicais
Apresentam mil facetas.

É marcha, canção, toada,
Salsa, catira, modinha,
Jongo, valsa, ladainha,
Maracatu e baião.
Se omitisse a bossa nova
Jobim saía da cova
Em protesto à omissão.

Mas a lista continua
Com maxixe e carimbó
Merengue, roque, forró,
Frevo, bolero e axé.
Ciriá, lundu, folia,
Brega, choro e cantoria,
Marujada e arrasta-pé.

Tem regge, rumba, lambada,
Bangüê, polca, pagode,
Quando fevereiro explode
O samba é o rei do entrudo.
Phunc, rap, fado, tango,
Ijexá, batuque, mambo.
No Brasil se faz de tudo.

Dos renomados artistas
Nascido no continente
No passado e no presente
Carlos Gomes é o campeão.
Compôs uma obra prima
Que todo mundo lagrima
Quando assiste uma audição.

O Guarani até hoje
É sucesso em todo o mundo
Tem como pano de fundo
Um romance na floresta,
E uma doce melodia
Que traduz toda a magia
De um povo que vive em festa.

O Grande Heitor Villa-Lobos
Também não ficou atrás
Comparado aos geniais
Conquistou o continente.
Foi aos Estados Unidos
Massagear os ouvidos
Daquele povo exigente.

De Antônio Carlos Gomes
A Antônio Carlos Jobim
Há uma lista sem fim
De músicos nacionais.
Que foram grandes solistas
Como violoncelista
Pianista e muitos mais.

Como: Ernesto Nazaré
E Jacó Do Bandolim
Com este o "chorinho" enfim
Foi para o topo da lista.
Chico Buarque de Holanda
Depois que compôs "A Banda"
Tornou-se um grande letrista.

Pixiguinha e João Gilberto
Elis Regina e Caetano
A gaúcha e o baiano
Vêm dos grandes festivais.
O Senhor Nelson Gonçalves
E o Jovem Francisco Alves
São cantores imortais.

O ilustre santareno
Sebastião Tapajós
Cedo deixou os anzóis.
Em troca de um violão.
O Grande Luiz Gonzaga
Depois de histórica saga
Tornou-se o Rei do Baião.

Elomar, o violeiro,
É o mago das cantorias,
Xangai e Vital Farias
Competentes aprendizes.
Civuca "O Rei da Sanfona"
Ivone Lara "A Matrona"
Traz o samba nas raízes.

Erasmo e Roberto Carlos
Com carisma e atitude
Balançaram a juventude
Do Chui ao Oiapoque
Dessa nostálgica era
Também tinha uma galera
Que o Rei levava a reboque.

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