Queria ter nascido Voo de Pássaro e não Ser "humanus",
disse certa vez o pianista chorão à imã microempresária.
Ela assustou-se a principio, mas estava acostumada com ele que era mais novo
e metido a Poeta Cubista e visionário nas horas vagas.
Quando o coitado finalmente um dia anoiteceu e não amanheceu nunca mais,
ela não se preocupou muito. Cuidou bem dos pertences íntimos,
partituras clássicas e dotes financeiros dele, porque também sabia
escondido que, cada Pássaro pousa um dia e, todo Voo, cedo ou tarde
vira cerca de tabuinhas brancas.