Esse conto fala sobre um vampiro que vivia na cidade Santos e que toda noite
tinha a mesma rotina monótona, mas certa noite algo surpreendente aconteceu
na vida desse simples vampiro.
Todas as noites, eu saía as três da manhã, e ia para os
subúrbios da cidade de Santos, onde eu encontrava um cardápio
incrível todas as noites.Lá eu tinha desde ratos até o
sangue mais doce que você pode imaginar.Mas com o passar do tempo eu comecei
a enjoar de fazer isso todas as noites e procurava novas diversões por
todos os cantos. Eu comecei a matar só por diversão e por prazer,
eu não era mais aquele vampiro simples que só matava por subsistência.
Às vezes eu matava mais de cem corpos por noite e jogava todos no primeiro
bueiro que eu encontrasse. Mas essa noite foi bem diferente.
Estava eu na minha quitinete sentado no meu sofá vendo o único
programa que me animava, o noticiário, pois só falava a respeito
de tragédia o tempo todo, e eu acredito que vocês saibam o quanto
eu gosto disso, mas continuando, estava eu lá terminando de ver o noticiário,
para me preparar e ir para mais uma noite de caçadas, quando de repente
eu ouvi o telefone tocar na cozinha. Eu desliguei a tv e fui atender ao telefone,
mas no caminho meu mestre, que tinha me ensinado todas as táticas de
como ser um vampiro, pulou pela minha janela, quebrando-a, e me segurou pelo
braço dizendo que era para eu sair de lá agora pois existia um
caçador de vampiros que era reconhecido no mundo dos vampiros por todos,
pois ele já tinha acabado com muitos vampiros fortes e queria me destruir
a pedido da igreja. Eu, sem entender nada, pulei a janela e sai pelos fundos
com meu mestre.Nós andamos quase uma milha até chegarmos em um
depósito onde meu mestre falou que eu poderia descansar ali por algumas
horas até ele encontrar um outro lugar melhor para nós nos escondermos.
Eu fiquei ali pelo menos uma hora esperando o retorno do meu mestre e nada dele,
mas por um instante eu olhei na janela do depósito e vi um motoqueiro
todo vestido de preto parar na rua de frente pro depósito. Eu fiquei
impaciente esperando que ele tirasse o capacete e se mostrasse. Ele entrou no
depósito e veio em minha direção, e tirou o capacete. Foi
quando eu me senti aliviado, vendo que era meu mestre, me dizendo que havia
encontrado um lugar mais seguro, para nós irmos até decidirmos
o que deveríamos fazer. Eu subi na garupa da moto e nós fomos
para um apartamento, que estava abandonado há muito tempo.
Chegando no apartamento, ele me deixou lá outra vez sozinho, e falou
pra eu esperar um pouco que logo ele voltaria com as refeições
e com o material necessário para acabar com o caçador. Passado
algum tempo eu ouvi um barulho na rua. Eu saí na sacada e vi que meu
mestre estava chegando, dessa vez em um grande carro de luxo. Um Mercedes parecia
olhando de cima. Ele saiu com duas mulheres lindas já seminuas. Quando
ele chegou no apartamento ele me jogou uma das mulheres e falou:
- Se alimente, antes do terminar da noite nós teremos muito trabalho
a fazer.
- Obrigado.
Nós sugamos o sangue delas quase todo deixando apenas a última
gota e então ele me falou:
- Vamos logo, nós ainda temos duas horas antes do dia amanhecer. Eu arranjei
algumas armas necessárias para mandarmos esse filho da puta pelos ares.
- Hahahaha... É isso aí. Hoje a noite vai ser boa.
- Não vá contando tanta vantagem assim
Eu peguei minha capa, me vesti, e então nós descemos o elevador,
e fomos andando até a garagem. Lá ele tirou uma bolsa, que ao
meu ver parecia muito pesada e a abriu. Tinha pelo menos umas 15 armas lá
dentro.
- Pegue as armas que mais lhe agradam e vamos caçar esse vagabundo.
- Valew!!! Me vê essa 12 aí, essa espada longa, aqueles dardos
ali também.
- Você escolhe bem
- E você? o que pegou?
- Essa pistola aqui e essa faca.
- Mas isso é muito fraco para matar um grande caçador
- Talvez eu nem...
- Talvez você nem o quê?
- Você verá.
Ele pegou o carro e eu peguei a moto e então saímos para dar uma
volta em alguns lugares da cidade para ver se encontrávamos aquele porco
nojento. Andamos pouco e então encontramos aquele vagabundo decapitando
alguns de nossos melhores amigos em frente a um cemitério. Eu não
pensei duas vezes. Saí correndo pela rua com minha moto em toda velocidade,
mas no momento em que eu tirei minha doze da cintura e fui dar um tiro nele,
ele foi mais rápido, e virou-se e deu um tiro no pneu da moto me arrastando
por uns dez metros de distância. No momento em que eu levantei, eu vi
que meu mestre tinha me deixado sozinho com aquele cara. Por um tempo eu pensei
em desistir e sair correndo dali, mas eu percebi que não havia mais escapatória.
- Hei você! Seu cretino!! Tá afim de me pegar, então vem
que eu to te esperando
- Hahahahaha.Você não vale nada. Eu já matei vampiros cem
vezes piores que você, e agora chegou a sua vez de morrer.
Eu dei um pulo em cima dele cortando a sua barriga.Mas no momento em que eu
dei o segundo pulo, ele tirou do bolso um pó vermelho e jogou nos meus
olhos. Eu caí no chão gritando de dor. Ele veio e começou
a me chutar no abdômen. Eu peguei o seu pé e dei um puxão
o derrubando de costas no chão. Eu me levantei rapidamente peguei minha
espada e comecei a lhe cortar por inteiro. No fim ele já quase morto
eu o peguei, coloquei-o encostado no muro e com um golpe só decepei a
sua cabeça.
- E agora? Quem vai matar quem seu cretino?Hahahahahaha.
Eu guardei a espada na bainha e corri até a moto e a levantei. Eu fui
direto para o apartamento e lá eu encontrei meu mestre. Ele estava sentado
no sofá, olhando pela janela e me disse:
- Eu estava esperando por você.
- Eu também não via a hora de chegar aqui.Você me deixou
sozinho e foi embora.
Eu corri até ele e enfiei a espada em seu crânio e logo depois
cortei a sua cabeça. Ela rolou pelo chão da sala, e então
eu pulei peguei a cabeça dele pelos cabelos e saí pela janela,
e fui andando até meu antigo apartamento para voltar a minha vida normal.
Lá eu coloquei a cabeça de meu mestre e do caçador que
eu esqueci de mencionar, mas eu também peguei, e coloquei as duas em
cima da minha estante, e toda vez que eu saía para ir caçar, eu
olhava para elas e ia sabendo que eu não era mais um vampiro comum.