Fazia muito tempo que Marcelo queria realizar uma fantasia, por mais que parecesse
estranha, ou banal, dependendo do ponto de vista, por mais que parecesse pecaminoso,
insano,fazer amor com duas mulheres ao mesmo tempo. Fosse o que fosse, ele queria
urgentemente fazer aquilo, não ousava nem mentir pra si mesmo, numa tentativa
de se convencer que não queria aquilo. No alto de seus trinta e dois
anos, estatura média, rapaz moreno, médico veterinário,
trabalhava numa clínica próxima a sua casa, onde habitava só.
Era de poucas palavras, mas nunca se fazia omisso, sorria de vez em quando,
era sério, seu sorriso era bonito, tinha covinhas nas bochechas, coisa
difícil e bonita de se ver.Tinha cabelos negros, lisos, raspados com
máquina, já cresciam novamente, usava cavanhaque, suas feições
eram finas, tinha cinco tatuagens espalhadas pelo corpo, cobertas pela roupa
branca. Era divorciado de Léa, também veterinária, bonita,
pele muito branca, cabelos castanhos, tingidos de louro, olhos azuis, era mineira,
mas gostava de São Paulo, tinha vinte e nove anos, ambos moravam no mesmo
bairro, tinham um filho de cinco anos, o pequeno Daniel, que morava com a mãe.
Certo dia, Marcelo e Kátia resolveram sair juntos, Kátia era uma
ex-namorada, dos velhos tempos, tinha cerca de um metro e sessenta, corpo esbelto,
pernas torneadas, nádegas fartas e bem redondas, como feitas a mão,
cabelos na altura dos ombros, castanhos, ondulados, mas para aquela ocasião,
estavam alisados com a boa e velha prancha alisadora, vulgo chapinha, coisas
de mulher. Estava com a pele bronzeada de Sol, praia em Angra dos Reis. Era
falante, sedutora e artimaniosa,cursava o último ano de administração
de empresas. Seus olhos castanhos diziam tudo, nem precisava falar, tinha vinte
e três anos de idade, gostava muito de homens mais velhos, experientes,
como Marcelo, ainda era louca por ele, mesmo depois de tanto tempo. Os dois
foram a um bar da moda, muito frequentado por jovens de classe média,
muita gente bonita que não economizava em bebidas e petiscos. Marcelo
falou a Kátia sobre sua fantasia, não era novidade para ela, os
dois já haviam falado muito sobre aquilo e finalmente ela havia aceitado
realizar a fantasia do ex, mas no fundo ela também queria aquilo, ela,
Marcelo e outra mulher, parecia perigoso, estranho e atraente, muito prazeroso.
- Conversamos já tantas vezes sobre isso.- Disse Kátia.
- Então, vamos fazer, agora é a hora.
Kátia riu.
- Agora que a gente não tem compromisso, eu sou uma qualquer que serve
como quebra galho, né?- Disse ironicamente.
Marcelo achou graça e riu, riu com vontade, de fato ela tinha razão.
- Para com isso garota!- Disse o rapaz pegando nos cabelos alisados de Kátia,
aproximou sua boca da dela e a beijou nos lábios, beijo longo e caloroso,
beijo esse que durou dez segundos, logo após, o rapaz acendeu um cigarro
e fumou, era um fumante inveterado.
- Eu você e mais quem?- Indagou Kátia curiosa.- quem toparia fazer
uma coisa tão maluca como essa.
Marcelo balançou a cabeça ainda risonho.
- Isso é o de menos!
Kátia deu uma golada no chope, estava bem gelado.
- Sabia que eu tô adorando essa ideia de menàge a trois.-
Revelou ela roçando as pernas desnudas nas pernas cobertas de Marcelo.
- Assim você me deixa excitado, garota!
Kátia soltou uma risada, sua blusa exibia um decote insinuante, ousado.
- ...com esse decote ainda por cima!- Continuou o rapaz.
Mais um beijo aconteceu. No dia seguinte, depois do expediente, Marcelo foi
à casa de Larissa, sua namorada, de lá foram ao mesmo bar onde
levara Kátia, as duas eram muito amigas. Larissa era igualmente bonita,
mas não tão ousada nem provocante quanto Kátia. Era da
mesma altura que Kátia, mestiça de japonês com europeu,
olhos levemente "puxados", corpo também esbelto, era discreta
no modo de se vestir, cabelos muito lisos e longos, ao sorrir, costumava baixar
os olhos.Tinha vinte e seis anos e não costumava usar decote. Marcelo
já havia proposto a namorada fazer amor à três, e ela,ainda
estava indecisa e confusa. Ele entre uma golada e outra de chope, ameaçou
tocar no assunto e ela, fumava e observava o namorado, ciente de suas perversões
sexuais, todas muito ousadas e tentadoras.
- Sabe amor, a gente bem que poderia apimentar nossa relação,
fazer alguma coisa diferente, ousada, o que você acha?- Arriscou Marcelo.
Larissa sorriu.
- Por que você não vai direto ao assunto?
- Mais direto do que eu tô sendo? Impossível.- Ironizou Marcelo
entre uma gargalhada e outra.
- Olha Marcelo, eu até topo, mas eu não quero me violentar só
pra te agradar.- Impôs a jovem.
- Claro que não meu amor! Eu quero que seja bom pra nós dois.-
Disse o rapaz pegando na mão da namorada, ela sorriu, queria perverter-se
um pouco, deixar de ser aquela santinha de sempre, pelo menos de vez em quanto
e Marcelo poderia lhe proporcionar isso.
- É uma fantasia que eu quero realizar, se ela também for sua
claro.- Falou querendo aparentar que cedia.- eu você e outra mulher.-
Sugeriu.
Larissa sorriu, demonstrou interesse em fazer aquilo, curiosidade, vontade,
queria libera-se, entregar-se ao prazer sem limites, proibido.
- Ah, sei não!- Fingiu resistir.- teria que ser com uma pessoa...- Parou
de falar, pensou e não disse mais nada.
- Uma pessoa bacana?
- É.Imaginei também uma garota de programa, sei não!
- A Kátia.- Mencionou ele com entusiasmo.- ela sim seria uma pessoa ideal.
Larissa deu uma gargalhada.
- A Kátia toparia na hora, sem pestanejar, tenho certeza!- Garantiu a
moça.
- Então...- Disse Marcelo apto a realizar a fantasia o quanto antes.
- Mas tem uma coisa! - Disse Larissa querendo impor uma condição.
- Que coisa amor?
- Eu que vou propor isso a Kátia, você não diz nada!- Falou
Larissa com o propósito de mostrar ao namorado que dominava a situação.
- Tudo bem!- Aceitou ele, temendo que contrariada, ela pudesse desistir.
Larissa não sabia que Marcelo já havia proposto a transa a Kátia
antes, mas sem mencionar o nome de larissa, Kátia, mulher aventureira,
solta, toparia a transa mesmo que não fosse com Larissa, mesmo que fosse
com uma garota de programa. Sua bissexualidade não era novidade para
Marcelo, já havia tido relacionamentos com mulheres, coisa que Larissa
jamais havia feito na vida, todavia isso não era impedimento para fazer
o que o namorado sugeria, moça de família conservadora, era culta,
poliglota, formada em administração de empresas e pós-graduada
em economia, era secretária executiva em uma grande empresa de minério
de ferro, secretária de um dos diretores do alto escalão da empresa,
tinha um salário invejável e um padrão de vida satisfatório,
era o orgulho da família, jamais queria decepcioná-los.
Marcelo beijou a namorada, um beijo longo e demorado, dez segundos.
Era domingo, Larissa e Kátia foram juntas ao teatro, no final do espetáculo,
foram tomar um chope na praça de alimentação de shopping,
Larissa falou sobre a menàge a trois, Kátia por sua vez, revelou
que Marcelo já havia proposto isso a ela antes.
- Então o safado foi mais rápido do que eu!- Lamentou com ironia.
- O que você acha disso?- Questionou Kátia preocupada com a opinião
da amiga.
- Eu até acho a ideia interessante, teria que ser com uma pessoa
que a gente...bem...que a gente conhece,que a gente tenha uma relação
de amizade, enfim...- Impôs ela se mostrando insegura em fazer aquilo.
- Fica tranquila amiga! Vai ser uma experiência legal pra nós
três.- Garantiu Kátia.
Larissa e Kátia deram as mão em sinal de amizade e companheirismo.
- É, vai sim.- Tranquilizou-se Larissa.
Kátia acendeu um cigarro, Larissa não era fumante, mas aprendeu
a tolerar a fumaça por causa do namorado. O cigarro foi levado a boca
impregnada de batom vermelho, o esmalte das unhas também eram vermelhos,
o decote da blusa preta era ousado, mostrava bem os seios volumosos de Kátia.
Ela deu uma forte tragada, fechando um pouco os olhos e franzindo a testa, afastou
o cigarro da boca, virou o rosto para o lado e soprou a fumaça. Larissa
usava uma blusa tomara que caia estampada, uma saia longa preta, rodada e sandálias
de salto muito alto. Kátia além da blusa preta decotada, usava
uma calça jeans azul escuro e sandálias de salto também
muito altos. As duas estavam maquiadas, ambas eram vaidosas.
Os três conversaram juntos num bar da moda sobre a experiência que
encarariam brevemente, seria no dia seguinte.
Eram cinco horas da tarde, Marcelo deixou a clínica onde trabalhava e
foi de carro para a casa de Larissa, ela morava num condomínio fechado,
não haviam portões, modelo americano de urbanismo.A moça
saiu de casa deslumbrante, usava um vestido azul, de alcinhas, dispensando o
uso do sutiã, era acima dos joelhos, cabelos soltos, maquiada, de sandálias
de salto agulha.
- Nossa! Como você tá linda!- Admirou-se Marcelo.
Larissa sorridente, abriu a porta do carro, entrou e beijou o namorado,fechou
a porta e os dois partiram para a casa de Kátia, era no bairro próximo,
fora do condomínio, percorreram as ruas movimentadas até chegarem
ao prédio onde Kátia morava, Larissa saiu do carro e pediu o porteiro
avisar Kátia que haviam chegado, este era homem simples, magro, pardo,
cabelos ondulados, grisalhos, tinha cinquenta anos de idade e vinte de
profissão e há seis estava naquele prédio. O porteiro avisou
e Kátia desceu imediatamente, usava um vestido preto tomara que caia
e sandália de salto agulha. As duas entraram no carro e os três
partiram para um motel. Percorreram ansiosamente por mais dez quarteirões
até chegar a um motel, nome escrito em luzes de neon, Marcelo, entrou
com o carro e pegou um cartão para abrir a porta do quarto, seguiu com
o carro, estacionou e os três saíram animados do carro e subiram
as escadas até o quarto, entraram,Kátia fechou a porta, encontraram
champagne, começaram a beber, ficaram "soltos". Marcelo começou
a beijar Larissa e Kátia simultaneamente, Kátia arriscou-se a
acariciar as amiga, ela resistiu, sentiu medo,sua insegurança veio à
tona, lançou-se aos braços de Marcelo. Kátia não
se intimidou com a resistência da amiga, continuou com as carícias.
- Larissa, deixa eu te fazer um carinho!- Pediu Kátia.
Larissa, olhou nos olhos de Kátia, deu um sorriso tímido e de
forma tímida, aproximou seu rosto do da amiga de deu-lhe um carinhoso
beijo nos lábios, Marcelo ficou excitado com a cena e começou
a despir Kátia, ela experimentou despir Larissa, ela permitia timidamente,
Marcelo ao ver as duas usando somente calcinha, tirou a camisa e encostou seu
corpo no de Kátia, sentiu seus seios com mamilos eriçados, acariciou
as costas dela. Larissa abriu o zíper da calça de Marcelo e ele
tirou a calça. Os três se beijavam com intensidade, revezando-se
em beijos e carícias. Kátia arriscou carícias nas costas
de Larissa, ela, sentindo prazer, permitiu e até retribuiu.
Algum tempo depois, os três já estavam completamente nus e sem
nenhum pudor, trocando beijos e carícias cada vez mais ousadas. Marcelo
pôs o preservativo e penetrou Larissa, depois Kátia, os lençóis
brancos de algodão, cheiravam a eucalipto, essência de algum produto
para perfumar roupas. A cama era redonda, havia um espelho no teto onde era
possível ver a si mesmo, em pleno ato. A penumbra do quarto dava um ar
de sedução, altamente sugestivo para três pessoas loucas
de desejo.
Depois do gozo, os três cansados, repousavam na cama, Marcelo rapidamente
dormiu, enquanto Kátia e Larissa conversavam, trocando carícias
nos cabelos. A aquelas alturas, já eram seis horas da madrugada e o Sol
nascia dando ao céu, toda beleza que ele merecia ter.