No quarto da doente, esperavam o desenlace, quando os olhos se entreabriram
e a mão apontou para a cômoda, na qual havia um bilhete: "Exilaram-me
do seio da família. De ninguém preciso, agora. Exijo morrer sozinha,
como me fizeram viver. Exijo morrer em paz."
Saíram, mas ainda puderam sentir um aroma intenso de amor-perfeito, que,
apesar da doença maligna, começava a exalar do corpo esquálido,
que jazia em desenredo de amargura e ódio na mesma proporção
em que antes tecera um grande enredo de amor.