A Garganta da Serpente
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Aprendizagem do prazer

(Eduardo Oliveira Freire)

Quando ela disse que não o queria mais. Ronaldo ficou inconsolável. Não podia imaginar, viver sem a primeira moça que o olhou e quis fazer sexo com ele.

Todo dia, depois da escola, os dois iam para casa de Ronaldo. A mãe dele trabalhava fora, só chegava à noite. Primeiro foram beijos inibidos, que esquentaram a cada encontro. Descobriram mutuamente, que a prática tornava o beijo mais gostoso. A língua começava a ficar maleável, proporcionando bastante prazer para ambos.

Perceberam, também, que para melhorar o desempenho, precisavam juntar a prática com a teoria. Compraram algumas revistas e livros, que mostravam os vários tipos de beijos e toques, que ajudaram a percorrer o caminho sublime do sexo.

Passaram-se dois anos, aprofundando a aprendizagem do prazer. Nesse período, o namoro ficou mais intenso; as vergonhas e o receio foram sendo destruídos dia a dia. Primeiro foi ela, quem quis tocar o sexo dele. Queria pegá-lo, para sentir a textura e o gosto. Viam alguns filmes pornôs, mulheres se lambuzarem com sêmen do parceiro. Sentia curiosidade e queria saber se era gostoso fazer isso.

No início, sentiu um pouco de nojo. O pênis do seu namorado tinha odor, por só ter tomado banho de manhã para ir à escola. Mas, a curiosidade era tanta, que teve a ideia de lavar o pau do rapaz. Um lavou o sexo do outro reciprocamente no chuveiro, trocando carícias e pequenas confissões...

Depois, foram para cama. No início, pegou com força o pênis de Ronaldo, que disse para ir devagar. A cada dia que passava, mas aprendia a manejar e a chupar o pau do namorado. Ficou surpresa, com a descoberta de que sentia prazer sugando o membro enrijecido; pensava que era só, "o parceiro que está sendo chupado", sentia.

Ronaldo quando viu, à primeira vez, a vulva da amada, pensou que estava desbravando uma mata úmida, intocada e selvagem das regiões tropicais. Viu, que o sexo feminino precisava de paciência, para encontrar o local, em que dava mais prazer à sua amante. Adorava, também, chupar os seios de sua namorada. Ia tão faminto nos mamilos, que parecia um bebê faminto.

Ele não queria saber mais de nada. Não queria estudar e nem passear. Somente almejava fazer sexo com a namorada. O prazer estava se transformando em vício.

Ela começou a esfriar; queria conhecer outras pessoas e ingressar à faculdade. Quando terminou o namoro, ele caiu numa forte depressão. Estava fixado nela e no seu corpo. Parecia um bezerro desmamado, que foi tirado da mãe a força. Levou muito tempo para melhorar da tristeza profunda, em que se encontrava.

Hoje em dia, descobriu que há outras mulheres e outras coisas para fazer. "Sexo é ótimo, porém, não é tudo".

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