A Garganta da Serpente
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A eterna procura

(Diego Rodrigo)

A um gigante horrendo, mal encarado, preguiçoso fora dado uma missão, uma missão digna a homem virtuoso. O gigante controla um planeta que tem em suas mãos. Ele ordena o que deve ser e acontecer em seu infinito particular habitável. Este nobre homem vive em um lugar onde acorda com o canto dos pássaros, com o frescor das flores que exalam seu perfume matinal. Não há muito que fazer, a não ser cuidar e admirar seu pequeno mundo particular que carrega em seus braços a todo instante.

Em uma linda tarde o sol brilhava muito e ele resolveu o admirar o seu tão complicado mundo, foi então que se deparou com uma pequena e graciosa garota. Uma garota de pele morena que parecia ser tão macia, um lindo sorriso que sempre aparecia acompanhado com a simpatia da jovem garota, olhos puxados, olhos estes que pareciam estar fechados quando ela sorria. O gigante ficou encantado com bela moça, ela estava rodeada de amigos, todos estavam conversando e se divertindo até que um rapaz de má índole começa-se a fazer brincadeiras desagradáveis com a garota, chegando ao ponto de tirar várias lágrimas daqueles lindos olhos castanhos.

Nesse momento o gigante se deparou com a imensidão da beleza da moça, que não passava apenas do belo material, mas como também do seu afeto e sensibilidade, mas, neste momento ele a perdeu de vista, pois quando os outros jovens perceberam que havia algo desagradável no local logo começou uma discussão seguida de briga. E desde então ele sofre incansavelmente em busca de sua amada, não consegue tirá-la da mente nem no momento de descanso, sua rotina mudou complemente, antes algo repentino e alegre, hoje uma vida triste e melancólica. A partir desse dia ele acorda bem mais cedo à procura de sua amada e já não percebe o canto dos pássaros nem o frescor das flores. Virando e remexendo o mundo de todas as formas possíveis com suas enormes mãos, não se preocupando com os abalos causados com tal atitude inconsequente ele parece está enlouquecido. Seu sopro gigantesco agita sem parar as dunas de areia, os mares e as florestas, porém, não consegue encontrá-la. Ele então se desespera mais e mais e grita ferozmente, o estrondoso grito apenas antecipa as inúmeras lágrimas deste nobre, culto e apaixonado gigante sobre este pequeno mundo comparado a sua bela e amada luz, ao seu belo sorriso e seus lindos olhos puxados, ao seu afeto, simplicidade e sensibilidade. O gigante chora, chora sem parar na esperança de um dia ter a sua amada luz de volta para o seu mundo iluminar. Mesmo parecendo que em trevas infinitas ele está pré-destinado a viver.

O pequeno mundo particular do nobre gigante agora tem os mais diversos problemas ambientais causados pelo o amor do homem. O gigante usou todas suas armas para achar a jovem amada, com isso, ocasionaram abalos sísmicos, tempestades, terremotos e chuva, muitas chuvas já que, o pobre gigante não pára de chorar desde o desaparecimento da bela jovem de pele morena e, com o mundo em suas mãos ele aguarda o retorno dela.



P.S.: Alguns ousam dizer que a tão amada moça esteve nos braços do gigante por volta de quarenta dias, e que por motivos misteriosos ela sumiu deixando o gigante em profunda confusão e tristeza.

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