A Garganta da Serpente
  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Orfandade e Flores

(Armando Sousa)

Tony de livro na mão, mais uma vez estudava sua lição perto estavam os dias que teria de dar provas da sua passagem do seu 6 ano de escola primaria.

Tony sabia que teria de depender só dela na vida, e por momentos sentiu pingos de lagrimas que rolavam teimosamente, e caiam no livro aberto.

Tony olhou disfarçadamente esperado que ninguém o tivesse visto chorar, ao mesmo tempo olhou o relógio que já contava com dez minutos depois das nove da manhã.

Todos da classe estavam intrigados , sem professor e os exames tão perto.

Neste momento entrou o principal, depois de todos os alunos o salutar, este quedou-se enfrente da secretária põe as mão sobre a cadeira, demoradamente aclarou a garganta e pausadamente, disse, hoje eu estarei aqui na classe até ao meio dia, depois dessa hora podereis retirar-vos para casa e estudar o que estava planeado com vosso professor, o professor Eduardo não voltará à escola hoje e quem sabe quando voltará a policia pegou nele para averiguações pela morte de sua esposa que morreu duas semanas atrás ao escorregar nas escadas da cave, segundo a versão corrente.

Tony se lembrava de ir com sua avó levar flores naquela noite do velório onde tinha aos pés da urna uma grande coroa de rosas vermelhas, e uma carta que dizia, flores que não te dei em vida...do que foi teu companheiro Eduardo.

Tony se lembrava desse momento de ter lido e lhe dava tremuras daquelas palavras friorentas escritas quase ao desalinho.

Verdade como Tony se lembravas de tantas frases belas que escrevia a sua mãe quando as saudades entravam e os pingos de lagrimas lhe lavavam todo o rosto.

Ninguém mais que Tony sentia essa situação que o tem dilacerado quase todos os dias depois de sua mãe partir para a eternidade.

Momento Tony tremeu, e iniciou a recrear sua vida dos últimos seis anos, os olhos encheram-se de lagrimas e obteve a resposta que durante anos procurou, pelo menos no seu pensar.

A escola terminou depois de ser revisto os deveres do dia anterior e de receber deveres escolares para o próximo dia, que segundo disse o Principal ou se lhe quiseres, chama-lhe director.

Tony sentou-se no seu quarto de pois de dizer a sua vozinha que não haveria escola no dia seguinte devido á policia levar o professor Eduardo para perguntas a respeito da morte de sua esposa.

Tony disse, vozinha, se não precisar de mim deixe-me que terei muito para escrever esta tarde; seu pensamento iniciou a recrear um passado distante mas que lhe fulminava a mente.

Tony lembrava-se perfeitamente daquela vez que sua mãe recebeu flores; depois do trabalho a mãe veio pegar em si em casa da vozinha que o guardava, nesse dia trazia óculos pretos, encobrindo seus olhos lindos cor do céu espelhando que eu tanto amava.

Perguntei, mãe porque me não deixar ver teus lindos olhos, quero beijar-te mãe, mas quero que me olhes com teu lindo sorriso mãe.

Esta retirou os óculos e qual surpresa a mãe estava ferida com um olho azulado... usava os óculos para esconder; então disse; meu filho isto foi teu pai que bebeu mais duas cervejas e ao cai eu também cai na beira da cama, mas ele nos ama, trabalha muito e de muito cansado se esqueceu minutos de nós, mas tu vais ver como nos ama.

Chegaram a casa e no centro da mesa uma grande jarra de rosas vermelhas com um cartão que dizia, perdão eu te adoro... Silvino..(Silvino era o nome do pai). a mãe guardou o cartão na caixinha das cartas, essas cartas que dizem coisas lindas, mas a verdade, é que eu ouvi chicana entre meu pai e minha mãe nessa noite; creio que foi diferente do que minha mãe me contou ..

O tempo passou-se, eu ouvia a rispidez de meu pai mesmo que eles procurassem falar quando eu não estava presente. muitas vezes adormeci com a cabeça encostada ao seio de minha mão, muitas vezes ao adormecer senti pingos de lagrimas das suas rega minha face; tantas vezes ouvia palavras que não eram para mm, mas isto será amor ou medo, eu assim adormecia.

Um dia deverão minha mãe ao pegar em mim na casa da minha avó notei que estava diferente, óculos pretos e um lenço de ceda ao pescoço,... mãe era diferente não podia ver seus olhos que tanto amava, e não podia dar-lhe aquele beijo no pescoço que a fazia rir com cócegas, seus olhos tapado pelos óculos, então como menino traquina os tirei a minha mãe para ver mais uma vez um dos dois olhos de cor a roxeada e ou pouco inchado, e logo a mãe disse, não digas a ninguém foi teu pais com duas cervejas a mais;

Naquela noite fartei-me de chorar e não quis is dizer boa noite a meu pai, eu adorava tanto minha mãe...mas ao outro dia lá estava uma jarra de rosas muito bonitas amarelas

Meu pai um dia chamou-me dizendo vou imigrar, talvez poderei enriquecer um dia v os vir buscar, ou até por lá ficar, quem sabe?.. não sei...quando voltarei.... minha mãe num sussurro, disse... mesmo que não voltes ...e deu-me muito beijos... mas beijos loucos que me ensopou acara com pingos de lagrima, fiquei a pensar, por oras a pensar.. ao outro dia ao levantar-me que linda jarra de rosas de todas as cores... um cartão que dizias as últimas rosas do Silvino...naquele dia minha mãe me levou à escola dizendo que não iria trabalhar mas que pegaria em mm em casa da vozinha, mas as horas passavam e ela não vinha.

Minha avó me levou;... porta aberta... ela chamou gritou, e eu acorrer pelo quintal, não aparecia, minha vozinha pensou que dormiria no sofá da cave, mas ao descer logo viu um corpo retirado, apalpou estava frio. Gritou vieram vizinhos e autoridades, minha mãe morreu, não tinha mais beijos nem colinho, nem encosto nem carinho... nunca ninguém soube o que aconteceu, em sonho falo com ela no céu... hoje no fim da escola disse a minha vozinha, o professor foi preso para ser interrogado pela morte da esposa... e se meu pai fosse também... talvez descobrisse o mistério das ultimas flores...estas tantas vezes encobrem tanta tortura.

Sou órfão... mas estou crescendo; se ninguém descobrir, eu o irei descobrir a morte de minha mãe, mesmo que seja meu pai a pagar... não volto a sentir os pingos de lagrimas de minha mãe...

menu
Lista dos 2201 contos em ordem alfabética por:
Prenome do autor:
Título do conto:

Últimos contos inseridos:
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente
http://www.gargantadaserpente.com.br