Ainda estavam longe os anos de 1500, mas a alma de aventura da gente Portuguesa
deixava-se voar num sonho, nas ondas de uma realidade que se vinha acentuado,
o mundo não era um disco direito, mas para muitos ainda não tinha
barreiras de gelo intransponíveis,.
Os homens de Barcelos, Minhotos encetados por seu rei e seus fidalgos, embarcavam
procurando o fim do mundo.
O maravilhoso desconhecido para além do mar.
Um dia desembarcaram num lugar onde apenas se via gelo e o vento era gelado,
cortante... estes homens desceram e exploraram os arredores de montanhas de
neve
Os navios ficaram rodeados de gelo e não poderão seguir viagem,
estes valentes então resolveram esperar e explorar...homens dotados de
maneira de sobrevivência, confeccionaram vestuários com peles de
animais que viam mergulhar nas águas gélidas por furos que eles
mesmos faziam no gelo.
Estes valentes de alma nobre Portuguesa, ali viveram, valendo-se da pesca e
da caça a animais como o urso a render e a foca.....
Os meses passaram, o gelo ia derretendo, com a subida do sol, ali não
havia nada, apenas neve...como eles diziam, Ca-nada, ficando o nome Canadá....
Esses duros e valente homens minhotos, ao descerem os mares das costas Americanas,
para fugirem dos gelos, encontraram grande barcos movidos pela força
do homem remando e atacaram as caravelas dos valentes Portugueses, estes astuciosos
os levaram a sítios só deles conhecidos, assim os poderão
encurralar e vencer pela fome e pelas armas.
Os barcos vikings vinham repletos de mulheres cobertas de seda, onde apenas
os olhos verdes azeitonados reluziam por entre as sedas; estas deixavam transparecer
beleza de contornos de geométricos corporal, estas violas faziam enlouquecer
homens por tantos meses longe da macieza de mãos de mulheres...
Na luta, muitos dos portugueses ficaram feridos, mas salvaram tantas jovens
de serem desfloradas, ou mesmo talvez mortas, depois de saciados os Vikings.
D. Mendes de Sousa ficou terrivelmente ferido, e uma dessas jovens com carinho
de uma deusa, vinda do além, que apenas um sabe de onde, esta o veio
curar.
Assim limpou as ferias com as sedas de suas faldas, as mais graves feridas,
as coseu, molhando com seus lábios a linha par amaciar a dor.
Assim tiveram de voltar ao gelo para dar tempo de curar todas as feridas.
Fatema, foi sempre a enfermeira de D. Mendes de Sousa, cada momento, esta o
acordava com beijos nas suas feridas, este ia ganhando forças e curiosidade,
ao mesmo tempo sentia o seu coração transbordando de amor, por
aquele corpo de mulher que ainda não tinha visto sua verdadeira beleza.
A febre por vezes o faria delirar, e no seu delírio este declarava que
amaria ser casado com mulher de tão bom coração, amaria
beijar aqueles lábios que lhe beijavam suas feridas, e as estavam a fazer
sarar como por encanto; mas como o fazer sem magoar o seu pudor, sem ferir talvez
sua crença.
Um dia, D. Mendes acordou das suas dores, e viu sua enfermeira de cara descoberta
a joelhada, de crescente entre as mãos, como implorando pelas melhoras
deste ser ali estendido... então D. Mendes tirou do peito uma cruz dizendo,
este é o símbolo do meu Deus.
Mas as línguas eram diferentes, apenas os sentimentos se compreendiam;
os sorrisos também, se o tule não cobri-se sua face e seus olhos;
estes brilhavam com luz doce.
Assim principiou um aprendizado em língua Portuguesa, onde os gestos
eram grandes mestres; os homens demonstraram o grande respeito que tinham pela
mulher, por sua beleza e macieza do falar, e a cura que davam à dor,
seus lábios tudo poderiam dar. Estas aprenderam que um toque de homem
poderia ser uma onda eléctrica de prazer, ou de sofrimento, se este toque
não transmitisse o desejo do amor, e confiança de uma vida terrena
cheia de felicidade.
Estes souberam que aquelas mulheres ainda crianças, foram retiradas as
famílias e se destinavam a formar aldeias com os Vikings mas forcadas
pelo chicote.
Os Gentis Homens Comandados por D. Mendes de Sousa, deram-lhe escolha, voltar
a suas terras do Norte, ou seguirem para Portugal e se juntarem se assim fosse
sua vontade, ao mouros que habitavam as terras Portuguesas. Mas advertiram que
estes estavam debaixo de ferros; ou abandonarem as terras Portuguesas, ou renegar
a seus deuses, tornando-se cristãos novos.
Estas Mulheres depois de ponderarem as consequências que poderiam
sofrer com a lei Islamista, ao voltarem, poderiam ser apedrejadas ate à
morte.
Estas mulheres amavam os homens da fé em cristo e seu respeito pelo ser
humano em especial pelas Mulheres; resolveram seguir para Portugal com seus
salvadores.
Fatema, era este o nome da moura do Norte; sem o dizer, amava D. Mendes de Sousa,
um jovem ainda de vinte e quatro anos, mas já capitão e com Ducado.
Este, um dia depois de se ter recuperado de suas feridas par as libertar, desembainhou
sua espada depondo-a sobre seus ombros, fez de Fatema sua rainha, pedindo-lhe
para que fosse sua esposa, educando seus filhos na lei de cristo.
As outras seguiram Fatema, na escolha de sua fé, retirando o véu
que lhes cobria a face e os cabelos, estas prometeram ser esposas fieis dos
homens escolhidos.
O casamento de D Mendes foi celebrado por cercas de uma semana a cada dia; Fatema
era uma beleza no seu manto de nobreza, os beijos a electrificavam, mas as saudades
de sua casinha do Norte a mortificavam.
Esta se recolheu perante a dor; D. Mendes de Sousa, este procurava os melhores
sábios, mas estes diziam que não havia remédio par as saudades,
e suas saudades eram do manto branco que cobria o seu pais, a neve, e o fogo
da lareira em família.
Então D. Mendes mandou plantar amendoeiras, estas se estendiam da serra
da estrela ate ao Algarve. Depois que as amendoeiras floriram este chamou sua
esposa par ver o manto de brancura, mas em flores e em cheiro.
As faces desta se reanimaram como uma cor rose, de veludo...
Moura linda, e esposa, quanto mais descia a caminho do mar, desse mar macio
a tinha visto chegar, mais cores e flores entravam em seus olhos, então
esta maravilhosa esposa pediu par restar mais algum tempo vendo este lugar dos
mais aprazíveis ate aqui já visto. Os meses decorreram perto do
mar, mas ainda no descer da serra em Monchique a moura do Norte deu à
luz uma menina a quem deu o nome de Primavera do Mar.
Assim esta filha foi a cura de tantas saudades, vivia no torrão de sua
filha.