A Garganta da Serpente
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A espada do destino

(Armando Sousa)

Há muitos séculos atrás, a meio da montanha, mesmo esculpida no lado sul para se livrar dos ventos frios do norte, havia uma pequena casinha onde vivia um casal de pastores; deles tinha nascido um filho que muito adorava andar com os pais vigiando as cabras e ordenhando-as para fazer o bom queijo muito adorado na cidade onde existia o palácio real; seus pais nas noites grandes e frias, entretinham-se contando histórias de embalar, formando desta maneira o carácter do menino.

Enquanto as cabras pastavam o pai ensinava-o fazendo os mais bonitos e úteis brinquedos, naquele tempo ainda não havia natal, ainda ninguém sabia mentir e falar dessa noite que cada um forma a seu belo contento.

Noite que a mim me fez desacreditar nessas mentiras, depois de tanto chorar, por ver meu soquinho vazio de pois duma noite de vigília e rezas as menino ou pai natal, dia para esquecer depois de ver minha mãe muito chorar e toda a verdade me contar..

não tinha pão, para um brinquedo ou rebuçado nem um tostão, apenas o que me podia dar era as lagrimas de seu chorar.

Voltando à historia. Naquela noite contaram-lhe a historia da espada do destino, dizem, e conta a lenda que, existe uma espada que guiará o destino do homem que conseguir arrancar-lhe do penedo onde ela está cravada, essa espada o encaminhará par a princesa mais bela e mais meiga que se encontra à face do planeta, o menino perguntou, o que era um planeta, então seu pai foi com ele aos foles onde aquecia o ferro e o trabalhava, pegou em alguns bugalhos dos carvalhos vizinhos principiou a dar aos foles, com a abertura virada para o ar, e assim mandou seu filho por os bugalhos um a um, e eles flautavam no ar, então disse cada um representa um planeta, se algum fugir desta gravidade pode cair no infinito onde talvez haja outra gravidade que o sustente, mas só a escola te poderá dar uma noção completa do que é a gravidade e os planetas, mas antes disso terás de aprender os riscos mágicos, que podem falar contigo fazer-te rir fazer-te chorar falar com amigos ensinar-te o que é planetas e cometas, como corre as águas para o mar donde vem as água que chovem, como podes falas com os animais, como podes dar nomes as avizinhas ou borboletas. Esses riscos e livros, te darão a chave como tudo encontrares na vida mesmo a espada do destino, que só pode pertencer a um coração puro, e se fores tu esse homem puro terás oportunidade de encontrares essa espada.

O menino quis saber como a prender esses riscos mágicos, e os pais nessas longas noites de inverno, procuram ensinar Tabico, assim era o nome com que o baptizaram, naquele tempo não havia pia de baptismo nem fazia falta, para todos o deus era a natureza, que dava sol dava chuva, dava luar, fazia crescer todas as novidades para alimento, mesmo na primaveras nasciam os cabritinhos que saltavam atrás da mãe mungindo as tetas para se alimentar.

Seus pais diziam que a espada só a arrancaria um coração puro, e Tabico procurava honrar seus pais. Um dia na primavera Tabico ficou sozinho com seu rebanho enquanto seus pais foram vender parte de suas crias e comprar o necessário para casa.

De volta já no sopé da montanha foram assaltados por um bando de ladrões piratas que os roubaram de tudo que possuíam e os levaram, mais tarde os meteram num navio, para trabalhar numa plantação num pais muito longe do reino.

Tabico ficou sozinho e muito chorava por seus pais, os grito eram tão dilacerantes que se ouviam a longa distancia, um dia apareceu uma velhinha que procurou consolar o belo moço dizendo eu te guardarei o rebanho e tu pegarás nesta bolinha que te guiará onde estiver os teus desejos, e o sonho te pode mostrar a realidade.

Tabico pensou em seus pais, mas pensou também na espada do destino, precisaria de uma defesa para enfrentar a vida, e quem sabe, talvez encontrar a princesa encantada, na trilhas de procurar seus pais.

Tabico deitou a bolinha ao chão que o guiou através de montanhas lagos e bosques, até chegar a uma clareira onde se encontravam muitos jovens procurando todos experimentar de arrancar a espada do destino.

Os guardas do reino disseram, todos terão o direito, mas terão de lutar para ele, ora Tabico não queria magoar alguém; pôs sua bola no chão e esta tornou-se num enorme pássaro que o transportou ao cimo do penedo onde se encontrava a espada, e sem esforço a retirou do penedo, sim esta era a espada do seu destino, agora seu pensamento recaiu sobre a princesa encantada e guardada por um dragão marinho que tinha ordens de a matar ao aproximar-se alguém para a levar, princesa, seria dada ao mar e ao dragão quando fizer-se 22 anos para amornar a cólera do vulcão que ribombava a cada instante no cimo da montanha.

Tabico pôs sua bolinha no chão que o encaminhou para um grande barco cargueiro, ali pediu trabalho e ali ficou como ajudante de cozinheiro, ao fim de alguns dias estavam numa ilha onde apenas se via cana de açucare e umas pequenas barracas onde dormiam os escravos, foi para ali que levaram seus pais.

Tabico, da arvore que se escondeu, pode declinar seus pais e para que barraca seguiram depois do sol por.

A noite entrou, e Tabico com sua bolinha e sua espada do destino se encaminhou para a barraca e sua bolinha o levou junto a seus pais, que iam gritar de alegria se ele não lhes tapasse a boca a tempo, fugiram da barraca e Tabico lançou fogo á cana que em poucos segundos a cana se tornava em cinzas, queimando assim o tesouro do crime.

Deitou sua bolinha que o conduziu a uma praia escondida, ali estava uma enorme tartaruga que lhe falou com a vós da velhinha dizendo montai sobre mim sem medo que eu vos levarei a festa do reino.

Tabico reconheceu a vós que se parecia ao som melodioso e brisa suave da natureza, a mesma vós melodiosa que lhe deu a bolinha que o guiou à espada do destino.

Subiram e em poucas horas estavam juntos ao penedo do sacrifício, o penedo e a praia estavam cheios de gente, que tremia ao ouvir o ribombo do vulcão, estava fazendo 22 anos que tinha nascido a linda princesa destinada as goelas do dragão marinho que estava já saltando à corda onde a princesa pendia esperando os últimos minutos de vida.

A tartaruga estava já muito perto do dragão quando este saltou, então Tabico lançou mão da espada esta cortou os ares, o dragão caia nas águas profundas do mar com sua cabeça separada, as á tingiram de sangue e sobre um grande redemoinhos as águas dragaram nas suas entranhas o dragão que já tinha engolido muitas princesas, o vulcão amornou o seu roncar, apenas uma nuvem ténue de fumo ficou pairando.

Tabico retirou a espada que ficou cravada no penedo, e dum golpe cortou a corda da princesa que caiu desacordada em cima da tartaruga que desapareceu nas próximas ondas do mar.

Já numa praia muito longe do reino a princesa acordou, ficando a se apalpar e ver se estaria viva, então Tabico com ternura lhe pegou na mão e a beijou, a moça tremeu, e corou, nunca tinha sentido coisa igual.

Não sabia que sentimentos eram aqueles que o queria comer com tantos beijos, os dois rolaram nem outro conhecia coisa tão boa e tão ardente, quando os pais o chamara á realidade, ele também corou de envergonhado, dizendo tu és princesa, se quiseres volta a teu reinado te levarei; mas se quiseres ficar conosco e seres pastora, eu gostaria de te pedir tua mão e unir nossos dois corpos para a eternidade.

Na cidade procuravam quem tinha arrancado a espada do destino, pois seria rei desse reinado.

Tabico chegou com a espada e enterrou no mesmo penedo dando oportunidade de todo o mancebo de ser rei desde que fosse puro; ninguém conseguiu retirar a espada, que ele enterrou.

A princesa estava junto de Tabico quando foi a vez deste experimentar, o que o fez sem esforço esta o apertou em seus braço dizendo será feita a vontade da profecia, o dragão morrerá, o vulcão se calará e a princesa seis filhos á luz dará com aquele que a espada do destino arrancar.

Juntaram-se e viveram muito felizes seus filhos por vezes iam escutar as histórias dos pastores que eram sempre as mais certas lendas do mundo.

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