A Garganta da Serpente
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Morta por dar prazer

(Álvaro Brandão)

Adelaide costumava dizer que os clientes não lhe roubavam a alma. No fundo, eles só queriam beijar o seu rosto e acarinhar o seu corpo. E ela nem precisava gostar. Bastava fingir. Só tinha que lhes dar prazer.

Era por isso que não gostava que lhe chamassem puta mas sim meretriz: mulher de muito mérito e com talento de actriz.

Quando a mulher do seu último cliente entrou de rompante pela porta do quarto do Motel, e esvaziou o tambor do revólver no seu corpo, Adelaide morreu como sempre tinha vivido: dando prazer.

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