A Garganta da Serpente
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A Borboleta Azul

(Alberto Metello Neves)

Em um país muito distante, havia uma linda menina de oito anos, com cabelos louros e cacheados que morava no campo, perto de árvores frondosas e uma linda cachoeira.

O seu pai era lenhador e a sua mãe tomava conta da casa. Aline, era o seu nome, ia com o consentimento de sua mãe, correr pelos campos buscando encontrar borboletas. Quando ela corria, as borboletas de todas as cores se esvoaçavam perto dela, como se estivessem brincando. Ficava muito feliz, pois tinha uma quantidade muito grande de amigas, que não lhe faziam mal algum.

Um dia, teve uma agradável surpresa. Quando corria, pousou em seu ombro, uma bela borboleta azul, diferente das outras, não só pela cor, como também pelos desenhos de suas asas e pelo seu tamanho, pois era maior que as outras.

Esta borboleta gostou muito da Aline, que não queria sair de seus ombros.

Dizia a lenda que quando uma borboleta azul pousava nos ombros de uma criança da idade de Aline, representava sorte.

Aline voltou correndo para contar à sua mãe o que havia acontecido. A mamãe ficou bastante contente e chegou a sorrir bastante, pois com certeza, a sorte de sua família ia mudar.

O seu pai chegou do mato ao entardecer e Aline contou o fato. O papai apesar de muito cansado, pois havia cortado muitos metros de lenha, ficou satisfeito, sentou no banquinho da cozinha e colocou a filha no colo, dizendo: sim , minha filha, dizem que a borboleta azul traz muita sorte e Deus queira que seja verdade mesmo. Seria muito bom para todos nós.

A mãe de Aline, que estava preparando o jantar, serviu a mesa e todos foram tomar as suas refeições. A borboleta já não se encontrava mais ali. Era noite e todos foram dormir.

Não demorou muito, Aline viu que na cabeceira da sua caminha estava a bela borboleta azul, que apesar da borboleta ficar esvoaçando apenas durante o dia, ela lá estava fazendo companhia à menina.

Nessa noite, Aline sonhou com a sua linda borboleta, mas logo conseguiu dormir. Estava muito cansada e o sono não demorou.

No dia seguinte, logo cedo, Aline viu que a borboleta estava no mesmo lugar. Foi acaricia-la e ela continuou em cima da cama.

Aline se levantou, foi tomar o seu café que a mamãe havia preparado com bolo de fubá e saiu a andar próximo a casa.

A borboleta a seguia e novamente pousou em seu ombro. Aline ficou muito feliz, pois havia encontrado uma amiguinha.

Quando andaram uns 200 metros, a borboleta pousou em um ramo próximo a uma cisterna seca que havia na propriedade. E lá ficou.

O seu pai nessa manhã não havia saído para a mata cortar lenha. Aline foi correndo chamá-lo, contou o que acontecera e ele veio verificar o que havia. A borboleta azul, continuava lá no galhinho e dava a impressão que estava indicando algo dentro da cisterna.

O pai de Aline, voltou em casa, pegou o enxadão e começou a cavar a cisterna desativada e seca. Depois de algum trabalho, ele sentiu que o enxadão havia tocado em algo de metal, que ele não sabia o que era.

Cavou mais e foi descobrindo uma caixa metálica e com muito jeito, conseguiu descobri-la. Agachou-se e puxou a caixa para cima, sentindo que a mesma estava pesada. Quando a caixa já estava fora da cova, ele a abriu e qual não foi a sua surpresa ao deparar com um pequeno baú metálico recheado de moedas de ouro. Deu um grito de alegria, abraçou a filha Aline e saiu correndo, levando o baú para casa.

Aline olhou para a borboleta azul e ela não estava mais lá. Procurou-a e não mais a encontrou. Era apenas um sinal para ajudar as pessoas boas e de coração puro. Viveram felizes pelo resto da vida. Todas as noites antes de dormir, Aline orava pela sua querida amiga a Borboleta Azul.

(10/03/2002)

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