Certamente prosseguir com a viajem aquela hora da noite não seria uma
coisa muito recomendável principalmente para uma mulher desacompanhada,
o luar imperava tornando a noite majestosa para um romance ou uma grande aventura,
a paisagem mesmo de noite era inebriante assim como o perfume da relva que inundava
os montes da região. Um pequeno automóvel cortava veloz a estrada,
nele estava Sarah Morgan uma mulher que poderia ser categorizada como singular,
perdera o emprego, o noivo (pelo qual não era apaixonada) e fora despejada
pois a casa que alugava havia sido vendida,tudo isso em único dia! Como
era uma mulher precavida guardara uma parte do salário todos os meses
para uma eventual emergência, com essa reserva decidira realizar seu sonho
de conhecer a Suécia a Terra dos Sonhos, não digo Terra dos Sonhos
por ser um local de oportunidades, apesar de ser, mas a Terra no qual os estranhos
sonhos que atormentavam Sarah desde seu nascimento se passavam, reconhecera
a Suécia por um dos sonhos o qual se passara nos bosques de Värmland
e, agora lá estava ela sem amigos, família ou amor, nunca conseguira
amar alguém era estranho, parecia que algo ou alguém a esperava,
como se algo maior a aguardasse, buscava o brilho, um brilho que apenas os verdadeiros
e antiquados românticos sabem reconhecer em meio a esse caótico
mundo e, para tornar-se mais difícil ainda cada pessoa busca o seu...
Enquanto lhes relatava um pouco da história de Sarah esta já alcançara
um vilarejo repleto de Chateaus mas um lhe chamou a atenção fazendo-a
parar de imediato era como se algo lhe tragasse para dentro, desceu do carro
pegou sua pouca bagagem e dirigiu-se à entrada tratava-se de uma hospedaria
chamada : Chateâu Petit Lune antes de ler a placa com o nome da pousada
as palavras Petit Lune lhe vieram à cabeça como que ditas por
aquela tão conhecida e rouca voz que lhe arrepiava até a alma,
realmente aquilo a assustou um pouco pois nunca havia acontecido acordada, enquanto
ela caminha até a recepção vou contar-lhes o que atormenta
essa singular mulher...
Desde pequena fora muito estudiosa e solitária, no princípio os
sonhos eram cenas de guerra, borrões, isso a chocava um pouco era como
se ela pensasse durante os sonhos, agia por vontade própria mas não
controlava nada era tudo muito real, as dores dos combates ou o frescor da água
a acompanhavam ao acordar durante todo o dia, um dos sonhos a levara a um medalhão
do qual não conseguia se separar isso fora aos seus 15 anos e nos sonhos
sempre havia ele, o mentor de sua vida sempre a guiara, aconselhara era como
se a preparasse, trajava-se elegantemente para uma pessoa que vivesse no século
XVIII!
Bem Sarah já fez sua reserva, mas estranhara o fato da hospedaria poder
oferecer apenas a suíte South Park inutilizada a 99 anos segundo a proprietária
fora limpa ontem, todos os outros 15 quartos estavam em reforma,ao ouvir o nome
da suíte Morgan em um flash viu o mesmo quarto no qual agora entrava
isso por incrível que pareça não a assustou pois a sensação
de estar voltando para casa tomou conta dela tão rapidamente que Sarah
apenas conseguiu deitar-se e deixou-se embargar por um leve sono...
Acorda assustada alguém se aproximava podia sentir apesar de nada ouvir,
olha em volta o quarto era o mesmo sem dúvida mas tudo estava diferente,
os móveis, o ambiente .. tudo! E Ele estava lá, mas como? Agora
podia observá-lo sem névoa ou borrões ansiosa olha em seus
olhos e... finalmente, tudo o que buscara estava ali, mas como era possível
a simples presença a atormentava, era como estar perto de um predador,
uma ameaça e ao mesmo tempo era seu maior desejo, após observá-la
lhe diz:
- Finalmente chegou a hora,Sarah, voltou para casa, voltou para mim... Tive
de buscá-la, prepará-la, mas não vou obrigá-la,
a escolha é sua, basta uma palavra ...
Sarah Morgan nunca estivera tão certa em toda a vida, nada lhe prendia...
tudo a aguardava, ele a escolhera, como que lendo seus pensamentos ele lhe diz...
-Não lhe escolhi, você me escolheu há muito tempo, e agora
cabe a você renovar essa escolha ou não...
-Sim..._ Diz Morgan em um suave murmúrio...
Ouve-se um grito de dor e um silêncio marcando um renascer, vêm-se
duas ágeis figuras que saltam da janela e mergulham na eternidade do
Negro Amanhecer... mas essa já é uma outra história.