Kilandra Acalabi Duaquenõ

"Sou uma pessoa ainda sem biografia. Meus muitos ou poucos anos não dão uma história interessante. Sou uma mulher, uma mulher negra paulistana e como todos os paulistanos cantados em músicas ou narrados em contos, tenho minhas épocas de ser só sozinha e triste tristinha. Ainda estou na "fase" de estudos - não que estudar ocupe só um determinado tempo de nossas vidas. Desde pequena a minha única certeza era que eu seria Advogada/ Juíza ao nesse ramo, mas de repente a literatura - poesia mais necessariamente - veio ao meu encontro e sendo impossível de descartar. Diria até que escrever é um mal necessário para mim. Meus primeiros textos tinha uma visão bem Byron - 2º fase do romantismo. Isso por ter surgido na época da adolescência onde muitas vezes triplicamos, quadruplicamos os sentimentos. Daí, veio a "calmaria". Uma calmaria vermelha. Onde comecei a escrever sobre sexualidade, moralidade, vontades, carne e outros temas com uma visão feminina e não feminista. Dessa onda vermelha surgiu o que intitulo de Caderno Vermelho - uma coletânea de poesias minhas ainda não editada. O meu projeto hoje gira em publicar em papel essas poesias. Mas eu tenho uma vontade ainda maior que é de por a mão na arte. Levar aos quatro cantos mesmo que seja do meu bairro ou de um quintal pequeno, mas que não morra em mim. Pode ser que esses desejos sejam ainda da impulsividade que todos os "jovens" tem por ter. Mas é muito bom sonhar e acreditar em algo positivo. Minha carreira literária, no momento só está traçada nos papeis que estão nas minhas gavetas, em rodas de amigos/ saraus e alguns sites que escrevo. Recentemente dei a minha cara ao livro - Aprovados! Cursinho pré-vestibular e população negra que saiu no dia 09/10/2002 pela editora Selo Negro. Em um futuro próximo espero escrever mais páginas contendo a minha biografia. Isso os anos, rumos irão contribuir."