Janio Lima
De fumaça no escuro me faço, fumaça que o vento leva embora para o espaço, para o vácuo, para o nada. De lápis de cor me desenho e me pinto as vezes cravo, as vezes espinhos, as vezes lírios, as vezes arco-íris colorido outras vezes descoloridos. Um desenho meio torto sem demora, com aquarelas sem cores desdenho. De lápis grafite me refaço e mesmo assim me desfaço sem demora com a borracha do tempo escaço. De ilusões me ergo, do presente me guardo e dos erros me desmancho, as verdades me pertencem mesmo sendo raso, fraco, pequeno, decrescente.