A Garganta da Serpente
Adoradores de Serpentes poemas sobre ofídios
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Sou cobra

Rastejante e sinuosa
Lisa ou escamosa
Albina ou colorida
O bote é minha sina

À noite procuro uma presa
Ao dia tento relaxar
Sempre faminta
Desejo saciar

O medo não existe
Sempre vou arriscar
Dentes afiados
Um veneno apurado

Minha língua é ligeira
Para o beijo acordar
Não sou de brincadeira
Eu posso te pegar

Movimentos sincrônicos
Um balanço diferenciado
Olhos questionadores
Abraço para sufocar

Sempre camuflada
Finjo ser atrapalhada
Uma cabeça pensante
Histórias mirabolantes

Não se engane, reflita!
Eu sou atrevida!
Hoje aqui, amanhã ali
Preciso prosseguir.


Patrícia Correia

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