Acalmar os olhos
Diante da visão dos astros
Acalmar o pensamento
Enquanto quase são idéias
Sustentar o mundo em si
Acalmar os vórtices
Os vícios, o dorsal desejo.
Acalmar a língua.
Subindo e descendo
Num redemoinho de serpentário.
Entre áspides, formar o desejo.
Meter o dedo, passar a mão
Correr a boca, morder a língua
E no final sangrar por dentro.
Oh! Como acalmar o tempo
Esse inimigo do novo
Quando passa pelo mundo?