Sei-me distante das colinas luminosas
este é o resultado do facto de habitar
os espaços distantes de tudo que é solar
Desloco-me assim pela sombra
acompanhando os gestos lentos
de um Inverno usurpador.
Procurarei pelas ruas da cidade
os caminhos desconhecidos.
Construirei entre o trânsito
um templo secreto no interior
da garganta da serpente.
Diluirei assim o meu corpo
no privado do absurdo de cada dia.