Lavra teus pensamentos,
Em desertos de revolta agonia
Entre suculentas presas vivas
De confusos e etéreos
ventos
Rasteja por entre as sombras
Na busca das entrelinhas estreitas
Nas palavras que escondem as veias
E no veneno que por hora
esbraveja
Contenta-te em ser caça de Apolo
Que um dia foi teu carrasco
Mas que hoje nada mais é
Senão lembrança
fraca nas mentes cultas
Lampeja a saliva nociva
Encantando os que te vêem passar
Trazendo no semblante, os olhos vivos,
Enquanto que na pele,
escamas, nada mais...
Invoca, pois, tuas crias e irmãs...
Sem delas, ter valorado os perigos,
Mas vendo no nascer de um novo tempo
A supremacia dos que lêem
os textos escritos