A Garganta da Serpente
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A Cidade

Meus passos desenham no chão,
Vagarosamente, sons que ponderam suas ondas.

A palavra escondeu os seus segredos
Sob a face enigmática;
Admirou-se de meu zelo e fruiu.

A cidade se compadece
Enquanto meu ser escurece
Junto às sombras projetadas
Do Copan.

Suas curvas me tonteiam
Me iludo em meu passeio
Junto aos pés vazios, porém leves
Nesse chão acinzentado
Descrevendo um trajeto rumoso, pesado.

Seria a alma da cidade
Descobrindo esta saudade,
Este olhar de eternidade?

Talvez as luzes dos meus olhos
Perseguindo a tempestade
Que ameaça desabar
Sobre nossa imensidade...

Vão levando meu afeto
Essas águas imprecisas,
Me elevando, me e-levando, me levando...



Evandro Alves Maciel

(Paulistano universal)
postado em 19/1/06
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