Entre as tristes ruelas ensombradas
por ciprestes, gozam da duradoura paz
os finados; nas sepulturas de gesso,caiadas,
algumas datas e nomes o tempo já desfaz.
Veem-se parentes com a saudade tão calada,
lembranças de um amor que ficou pra trás.
Outro desesperado clama pela amada,
a tão bela jovem noiva que ali jaz.
No antigo cemitério, há muito já desfeito, vejo sobre a terra um crânio esbranquiçado
que ri pra mim, como tendo eesse direito!
Foi então que entendi que da morte são senhores
e podem rir felizes do outro lado
zombando dos vivos, tão só uns sofredores.