Entre as coxas de um cavalo de brechere
Ascendo cigarros em pontas pelo chão.
Alegres cinzas animando a abstração
Sobre os carros pelos viadutos, o chá.
Pedestres solitários,
Heróis deste fracasso pálido sem esmos,
Roda gigante,
Estamos no topo das marquises pelo vão de Niermeyer:
- O MASP é meu!!!
Um palco de paralelepípedos inundados
Por arranha céus...
Longe dos esgotos do Brás.
Somos únicas entre as nuances das mulheres nuas de Indianópolis.
O cú do Padre está atrás da Igreja
No Largo da Batata,
Secretos encontros, ruas.
A burguesia não pára de empanturrarse,
em Moema, Vila Olímpia ou Madalena.
Tanto em nada!
Preferia ficar estampado no primeiro de seus postes, São Paulo!
Um panfleto!
Um manifesto contra o asfalto!
Um ramalhete de flores plantado da cabeça de qualquer urbanista!
Daniel Metrius