Demônio da Garoa
Enquanto a saudade
em mim doer,
esta terra será minha,
a terra úmida,
da garoa,
dos demônios,
esta desvairada.
Enquanto arder no peito,
esta terra será minha,
esta puta que me pariu,
terra que abraçou
doces e bárbaros,
de entradas, de bandeiras
e dos Mutantes.
És minha
mesmo quando as chaminés
escondem dos meus olhos
o teu céu azul anil.
Será sempre a minha terra
São Paulo,
enquanto a saudade
em mim habitar.