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No Viaduto do chá,
em São paulo, capital,
não há chávenas de chás
dessas ervas,
de todos os países.
Repare bem:transitam
indios e indianos,
hindus,japoneses
(ascendentes e descendentes,
aos montes, samseis, nisseis )...
São homens, mulheres e gays,
às vezes animais,
crianças e tudo mais:
gente como a gente
e gente muito diferente.
Pessoas tradicionais,
trabalhdoras ou banais, trombadinhas,sacanas,
traficantes,prostitutas,
artistas e pedintes,
doentes e naturebas,
saudáveis e chagados...
Toda e qualquer cidade
nesse passar de vai-e-vem
em passos
de ninguém
pois quem vai se re/conhecer
na roda-viva das pressas, dos medos,
dos sobressaltos e assombros?
O viaduto da chá serviria,
se um salão fosse,
todos os chás,
de todas as ervas
e todas os países
a qualquer daqueles transeuntes de todas as raças,classes, castas,
biotipos,cores e faces...
Mas é apenas uma armação
de concreto, concreta
onde não haveria tempo de parar
para beber chá...