A Garganta da Serpente
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Zé Limeira em São Paulo.

Zé limeira foi a São Paulo
Se largou lá do sertão
Para homenagear
O povo quatrocentão
Alterou seu calendário
Pra passar o aniversário
No meio da multidão.

Em cima do Minhocão
Passeava de jumento
Foi pra praça da República
Para vê um monumento
Na avenida Paulista
Acampou no mei da pista
Achando o transito lento.

Se invocou com céu cinzento
Logo quis mudá os planos
Quatrocentos e cinqüenta,
São Paulo fazia de anos
Desceu o Anhagabau
Foi ali caçar tatu,
Mas perfurou foi dois canos.

Se desculpou nos enganos
Lá no Ibirapuera
Onde pegou o metrô
Foi bater na Anhangüera
No pico do Jaraguá,
Ele subiu pra olhar
A poluição que gera.

Desceu de lá uma fera
Foi pro horto Florestal
Em seguida pro Zoológico
Pra conhecer animal
Estranhou o elefante
Achou meio intrigante
Ter dois rabos, anormal.

Gostou mais da Catedral
Que fica na praça da Sé
Em vez de andar de ônibus
Preferiu andar a pé
Foi matar sua saudade
No bairro da Liberdade
Tomou saquê com café.

Andou no Tatuapé
Que fica perto do Braz
Encostado na Ipiranga
Na loja do Pero Vaz
Viu Caetano na São João
Com Anchieta e o Lobão
Mais Nóbrega e o capataz.

Parou pra comer em paz
Lá no bairro do Bixiga
Uma buxada de bode
No gosta daquela antiga
Conheceu o Memorial
Da América de Cabral
Foi junto com uma amiga.

Na hora ele quase briga
No museu do Ipiranga
Que fica dentro do Masp
Numa plantação de manga
Dançou Saudosa Maloca
Na feira comeu pipoca
Ficou sem grana na tanga.

Quando acabou sua zanga
Se despediu da cidade
Desejou pro Paulistano
Amor e felicidade
Deu parabéns para o povo
Falou que volta de novo
Na próxima eternidade.



Manezinho de Icó

(Cearense morando em Brasília, mas que tem muita admiração pela maior cidade do país. )
postado em 14/1/04
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