A sombra
da noite
assombra
o sono,
o vento
da noite
assopra
o sonho
do menino
deitado
na calçada
da matriz,
à espera
do amanhecer,
à espera
de um dia ser
dono de seu nariz;
o jornal
(sua coberta)
estampa
na página
aberta
que a vida
é notícia
em Sampa
e o menino
é anônimo
na rua,
um rosto à-toa,
amigo da garoa
que molha o chão
da avenida São João,
enquanto a História
continua...
(in)certa...